Aos 38 anos, João Paulo deixa dois filhos, mulher e sonhos

Técnico de enfermagem morreu na madrugada desta quarta-feira (29) no Proncor, hospital onde estava internado tratando a covid-19

Por Redação em 29/07/2020 às 18:15:13
João Paulo morreu na madrugada e foi enterrado já pela manhã - Divulgação

João Paulo morreu na madrugada e foi enterrado já pela manhã - Divulgação

João deixa para trás família e amigos, mas também um legado de dedicação ao trabalho ao qual escolheu para a vida: cuidar da saúde de outras pessoas.

João Paulo Rodrigues da Matta morreu na madrugada desta terça-feira (29) em decorrência da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

Técnico de enfermagem da clínica oncológica Ceon, em Campo Grande, João também atuou na linha de frente da pandemia e, após ficar internado em hospital público, foi recentemente levado para o Proncor.

Ainda assim, ele não resistiu e faleceu.


Nas redes sociais:

Familiares pediam oração e força positiva em prol de João. Nada foi em vão, mas as complicações causadas pela covid-19 foram demais para ele, o primeiro profissional de saúde - tão exaltados, e com todo mérito, neste momento - a morrer em Campo Grande em decorrência da nova doença, que vem assolando famílias em todo o mundo.

"Com muito pesar, comunicamos o segundo óbito por covid-19 entre profissionais da enfermagem de Mato Grosso do Sul", anuncia em nota o Conselho Regional de Enfermagem (Coren).

Ele é também é o nono profissional de saúde a morrer no Estado.

Na mesma nota, o Coren-MS ainda prestou sentimentos aos familiares, amigos e colegas de trabalho de João Paulo, lamentando "a perda precoce do profissional, admirado por sempre ter se mobilizado em defesa de sua classe e ter desempenhado com excelência as suas funções".

João Paulo se foi sem realizar um sonho: voltar a Buenos Aires, desejo revelado em seu Facebook.

Ele foi enterrado já na manhã desta quarta-feira (29).

Tudo muito rápido, sem hipótese de despedida e um último abraço da família - a esposa e seus dois filhos também estão com covid-19, isolados, não poderiam sequer participar do funeral, caso ele pudesse ocorrer.

Fonte: Correio do Estado

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