Pazuello afirma que não sabia o que era o SUS "até este momento da vida"

Por Redação em 07/10/2020 às 15:39:00

 

Pazuello assumiu o ministério interinamente em plena pandemia, após dois ministros demissionários em sequência: Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teisch. No dia 16 de setembro, o ministro foi efetivado em cerimônia no Palácio do Planalto.

O ministro também minimizou a possibilidade de uma segunda onda do novo coronavírus e disse que o verdadeiro desafio do sistema de saúde brasileiro será lidar com a demanda represada por atendimento.

"Sobre pandemia, ficou claro que aconteceu uma diminuição do atendimento, mas não é só do câncer. É de todas as doenças. E quando há esse represamento desses atendimentos, ele vai se juntar com as demandas normais de 2021 que estão pela frente", disse o ministro. "A segunda onda é exatamente as doenças e os tratamentos que foram interrompidos ou que não foram começados", completou.

Também participaram da cerimônia a primeira-dama Michelle Bolsonaro e a ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos).

Damares, que no passado já havia declarado que meninos devem vestir azul e meninas, rosa, encampou a campanha contra o câncer de mama afirmando que o "governo Bolsonaro é rosa". A ministra também pediu que o tema da prevenção precoce da doença seja tratado nas campanhas eleitorais para as prefeituras neste ano.

Durante apresentação da campanha, foram apresentados números que mostram queda na quantidade de mamografias realizadas de janeiro a julho deste ano em comparação com o mesmo período de 2019. O SUS realizou um total de 1,1 milhão de exames nos primeiros sete meses de 2020, contra 2,1 milhões no período equivalente do ano passado.

O secretário de Atenção Especializada à Saúde da pasta, Luiz Otávio Franco Duarte, atribuiu a queda à pandemia do novo coronavírus e criticou a política de isolamento social, defendida por Mandetta.

Por outro lado, o Ministério da Saúde informou que 75,5% dos atendimentos realizados neste ano tiveram intervalo de até 60 dias entre o diagnóstico e o tratamento em todos os estágios do câncer de mama no sistema público, como determina a legislação. No ano passado, o índice ficou em 57,32%.

Os técnicos do Ministério da Saúde também apontaram a obesidade e o consumo de álcool como fatores de risco para o agravamento do câncer de mama.

A pasta também acrescenta que mulheres sem sintomas ou sinais da doença, com idade entre 50 e 69 anos de idade, façam o exame a cada dois anos.

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Fonte: Banda B

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