Antes de desviar milhões para mãe de santo, funcionária já desviava dinheiro de empresa em Dourados

Por Redação em 20/11/2020 às 09:40:53

O SIG (Setor de Investigações Gerais) deflagrou na manhã desta quinta-feira (19), a Operação "Prelúdio", que apura os desvios de R$ 50,8 milhões de uma empresa de Dourados após funcionária relatar ameaças sofridas por uma mãe de santo moradora em São Paulo.

Os agentes estiveram em edifício localizado na região do Jardim Tropical e em uma casa no Jardim Flórida com mandados de busca e apreensão. O nome da Operação significa "o começo de tudo". Em coletiva de imprensa, o delegado Rodolfo Daltro afirmou que durante as investigações o SIG descobriu fortes indícios de que pelo menos há 4 anos a mulher já desviava dinheiro da empresa, antes mesmo de manter contato com mães de santo.

"Desses R$ 50 milhões não foram encontrados indícios de que ela usufruiu, porém há diversos fatores que comprovam que ela estava usufruindo de desvios de dinheiro feitos antes desse episódio", explicou o delegado.

A mulher de 34 anos, que trabalhava como gerente financeira, recebia salário mensal de R$ 5 mil e foi apurado que ela acumulou um patrimônio de 5 milhões. Entre os bens estão carros e imóveis rurais e urbanos, a polícia suspeita ainda a posse de mais bens que estão em nome de outra pessoa.

De acordo com delegado Rodolfo Daltro, há indícios de que a mulher teria entrado em contato com as "mães de santo" moradoras em São Paulo com medo que os desvios fossem descobertos, a fim de que elas fizessem "trabalhos" para evitar. "Foi ai então que as "videntes" de São Paulo começaram a exigir que ela "fizesse um sacrifício maior" e que depositassem alta quantia em dinheiro".

Para o delegado a versão da funcionária de extorsão por parte das mães de santo não se sustenta. "As mulheres de São Paulo poderão responder por estelionato ou receptação, não por extorsão", esclareceu.

"Agora com a apreensões de documentos vamos continuar as investigações. Foi sequestrado os bens dela para possível ressarcimento da empresa contra a qual ela cometeu os crimes", explicou Daltro.


Fonte: Dourados Agora

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