Secretário do Tesouro diz que vacinação é o único caminho para retomada econômica

Por Redação em 20/03/2021 às 09:39:50

O secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, apontou a vacinação em massa como o principal caminho para a retomada da economia e contra a necessidade de uma eventual prorrogação do auxílio emergencial após as próximas quatro parcelas. Em um evento promovido pela XP Investimentos, ele mencionou outras medidas tomadas pelo governo, como a antecipação do 13º salário dos aposentados e pensionistas e a provável prorrogação de programas como o que possibilita a suspensão de contratos e a redução das jornadas e salários. Funchal crê que, agora, o foco está no auxílio emergencial e na vacina. “Então o foco é esse e o foco é vacina, são os dois focos. A gente acredita que, andando nessas duas direções, no auxílio e na vacina, naturalmente as coisas vão acabar voltando à normalidade de forma mais rápida. Não sabemos ainda quando vai ser, depende muito desse processo de aceleração da vacinação.”

O secretário do Tesouro mostrou confiança na política econômica do governo quanto à responsabilidade fiscal. Desde que foram restabelecidos os direitos políticos do ex-presidente Lula, operadores do mercado vêm temendo uma guinada populista do presidente Jair Bolsonaro em meio à crise provocada pela pandemia e à nova ascensão de Lula no cenário político. Bruno Funchal não vê esse risco e menciona a aprovação da PEC Emergencial. “Primeiro eu não vejo esse movimento, vejo o presidente preocupado inclusive em vários momentos mostra preocupação em relação ao tamanho da dívida, com a retomada da economia… Ou seja, teve o apoio para passar a PEC e passou”, afirmou.

Nas palavras do secretário, mesmo tendo sofrido “algumas simplificações”, a PEC Emergencial, promulgada na última semana, vai melhorar o resultado primário no setor público. Além de abrir caminho para o auxílio emergencial, a emenda define gatilhos a serem acionados pelos governantes em momentos de crise fiscal. Bruno Funchal projeta que o teto de gastos deve ficar bastante pressionado entre 2024 e 2025, mas que as medidas de controle de gastos trazem confiança. “A gente sabe que isso reflete na percepção de risco, nos juros, e tem consequências sobre a retomada econômica e sobre a geração de emprego e renda”, disse. Sobre a possível criação de um novo programa social que venha a substituir o Bolsa Família, Bruno Funchal disse que ele precisa vir junto a um modelo sustentável ao longo do tempo. O secretário do Tesouro Nacional lembrou que o orçamento é limitado e que o direcionamento das verbas cabe ao Congresso Nacional.

* Com informações do repórter Levy Guimarães

Fonte: JP

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