Engenheiro que chamou mulheres de fracas em livro deixa Apple após carta de 2 mil funcionários pedindo investigação

Por Redação em 13/05/2021 às 20:49:04
No livro intitulado 'Chaos Monkeys', Antonio García Martínez diz que a maioria das mulheres na área da Baía de São Francisco são 'fracas, mimadas e ingênuas'. Engenheiro que chamou mulheres de fracas em livro deixa Apple após carta de 2.000 funcionários pedindo investigação.

Mark Lennihan/AP

O funcionário da Apple, Antonio García Martínez , que escreveu um livro ofendendo mulheres, deixou a empresa após mil colaboradores pedirem que suas afirmações fossem investigadas e que fossem adotadas medidas contra discriminação.

Martínez, que ingressou em abril na Apple como engenheiro de produto na área de plataformas de publicidade, segundo seu perfil nas redes sociais, publicou em 2016 um livro chamado "Chaos Monkeys" ou "Macacos do Caos", em tradução livre. Nele, ele afirma que a maioria das mulheres na área da Baía de São Francisco são "fracas, mimadas e ingênuas".

Um dia antes da saída do engenheiro da empresa, nesta quinta-feira (13), os funcionários da Apple montaram uma carta, com 2.000 assinaturas, informando estarem "profundamente consternados com o que esta contratação significa para o compromisso da Apple com seus objetivos de inclusão".

No documento, obtido pelo portal "The Verge", é exigida uma investigação sobre como as opiniões sobre mulheres do autor do livro foram ignoradas e um plano de ação para evitar que isso aconteça novamente.

"Dada a história do Sr. García Martínez de publicar comentários abertamente racistas e sexistas sobre seus ex-colegas, estamos preocupados que sua presença na Apple contribua para um ambiente de trabalho inseguro para nossos colegas que correm o risco de assédio público e intimidação privada. Temos o direito de saber como a equipe de Pessoas pretende mitigar esse risco", afirmaram os colaboradores na carta.

Os funcionários também demandaram garantias de que Martínez e pessoas que compartilhem das mesmas opiniões "prejudiciais" não se envolvam em contratações, entrevistas ou decisões de desempenho enquanto trabalharem na Apple.

Por fim, a carta lista uma série de aspas onde Martínez expressa opiniões ofensivas às mulheres, como no trecho: "A maneira mais rápida de baratear qualquer coisa - seja uma mulher, um favor ou uma obra de arte - é colocar uma etiqueta de preço nisso".

Após o movimento dos funcionários, um porta voz da Apple disse à "Bloomberg News": - “Na Apple, sempre nos esforçamos para criar um local de trabalho inclusivo e acolhedor, onde todos sejam respeitados e aceitos. Comportamento que rebaixa ou discrimina as pessoas pelo que elas são não tem lugar aqui”.

Fonte: G1

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