Zoom aceita pagar 'multa' após processo por violação de privacidade nos EUA

Por Redação em 02/08/2021 às 13:07:27
Aplicativo de videoconferências fez aceno positivo para acordo, mas valor de US$ 85 milhões precisa ser validado pela Justiça. Ação acusava empresa de compartilhar dados pessoais de usuários e apontava falhas em oferecer configurações básicas de segurança. Erro na interação do Zoom com o Windows 7 deixa usuários expostos a ataques. Outras plataformas, como celulares e versões mais novas do Windows, são imunes

Altieres Rohr/G1

A empresa de videoconferência Zoom anunciou no último domingo (1º) que concordou em encerrar uma ação coletiva de privacidade nos Estados Unidos por US$ 85 milhões (R$ 436 milhões, na cotação atual). Esse valor ainda precisa ser aprovado pela Justiça.

O processo acusava o Zoom de compartilhar dados pessoais de usuários com Facebook, Google e LinkedIn, o que era uma violação da privacidade de milhões de pessoas.

Além disso, a ação apontava falhas em oferecer configurações básicas de segurança.

LEIA MAIS: 'Fadiga do Zoom é real, mas nós temos os mesmos problemas'; o impacto da Covid-19 na empresa de videoconferências

Embora o Zoom negue ter agido de má-fé, concordou em melhorar suas práticas de segurança.

"A privacidade e a segurança de nossos usuários são as principais prioridades do Zoom, e levamos a sério a confiança que nossos usuários depositam em nós", declarou um porta-voz da empresa à AFP.

"Estamos orgulhosos dos avanços que fizemos em nossa plataforma e esperamos continuar a inovar com privacidade e segurança na vanguarda", acrescentou.

O acordo estabelecerá um "fundo de caixa irreversível de US$ 85 milhões para pagar reivindicações válidas, custos de serviço e administração, pagamentos de serviços a representantes de classe e honorários advocatícios e custas judiciais", de acordo com o texto preliminar.

Usuários nos Estados Unidos que pagaram por uma conta podem receber 15% do dinheiro creditado no Zoom para sua assinatura principal durante esse período ou US$ 25, o que for mais alto, enquanto aqueles que não pagaram por uma assinatura podem reivindicar US$ 15.

Esse acordo ainda deve ser aprovado pela juíza distrital Lucy Koh em San Jose, Califórnia, o que deve acontecer no final de outubro.

Como a pandemia do coronavírus levou ao fechamento de escritórios e negócios presenciais, o uso de plataformas de vídeo e colaboração hospedadas por empresas como Zoom, Slack, Microsoft e Google ganhou enorme popularidade.

O Google, por exemplo, abriu sua plataforma Meet para todos os usuários. O Facebook também lançou uma nova ferramenta para fazer chamadas de vídeo no Messenger e o Skype, da Microsoft, facilitou a criação de salas de videochamada.

Fonte: G1

Comunicar erro

Comentários