Leilão do 5G movimenta R$ 46,79 bilhões, abaixo do esperado por governo e Anatel

Por Redação em 05/11/2021 às 12:56:49
Expectativa inicial era que leilão movimentasse R$ 49,7 bilhões. Além de pagamento ao governo, empresas vencedoras terão que cumprir exigências, como implantação de internet em escolas. Tecnologia 5G vai mudar trabalho, consumo e diversão

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou nesta sexta-feira (5) que o leilão do 5G - a nova geração de internet móvel - movimentou R$ 46,79 bilhões. O valor ficou abaixo dos R$ 49,7 bilhões esperados inicialmente.

Do valor movimentado pelo leilão, R$ 7,4 bilhões são de outorga, mas não necessariamente todo esse valor vai para o caixa do governo. Isso porque o edital prevê que parte do ágio, ou seja, do valor pago pelas vencedoras acima do preço mínimo de cada lote, será transformado em novos compromissos de investimento.

SAIBA MAIS:

Termina o leilão do 5g; veja as vencedoras

Winity vence 1º lote do leilão do 5G, e país terá nova operadora de telefonia móvel nacional

Claro, Vivo e TIM arrematam faixa de 3,5 GHz, considerada a principal do leilão

"Não conseguimos dizer quanto vai para o Tesouro, podemos dizer apenas que R$ 7,4 bilhões é o valor de outorga, mas parte vai pro governo e parte pra obrigação, vamos definir isso semana que vem", explicou Abraão Balbino e Silva, superintendente da Anatel e presidente da comissão de licitação do 5G.

O leilão começou na quinta-feira (4), com a licitação dos lotes das faixas de frequência de 700 MHz, 2,3 GHz e 3,5 GHz, e terminou nesta sexta, com os lotes da faixa de 26GHz.

As faixas de 3,5GHz e de 26GHz serão usadas exclusivamente para o 5G. Já as faixas de 700 MHz e de 2,3 GHz são compatíveis com quinta geração de internet móvel, mas serão usadas inicialmente para expandir o 4G pelo país.

Essas faixas de frequência funcionam como "avenidas no ar". É por meio delas que o serviço de transmissão de dados será ofertado. O prazo de autorização para exploração das faixas é de até 20 anos.

Quem ganhou

Ao todo, 11 das 15 empresas credenciadas a participar do leilão levaram algum lote. Dessas, cinco já possuem autorização para prestação de serviço móvel pessoal: Claro, TIM, Telefônica (dona da marca Vivo), Algar Telecom e Sercomtel.

As demais são consideradas estreantes no mercado, pois não possuíam, até então, autorização para prestação de serviço móvel pessoal. São elas:

Winity (Fundo Pátria)

Cloud2U;

Consórcio 5G Sul (Copel Telecom e Unifique);

Brisanet;

Neko (Surf Telecom); e

FlyLink.

Fonte: G1

Comunicar erro

Comentários