Dinheiro que ganhava como cuidador de carros atraiu ladrões até casa de Eduil

Os ganhos diários como cuidador de carro, uma bicicleta e um celular. Foram essas pequenas coisas que atraíram Tiago Benedito Barbosa de Souza, de 29 anos e Ivar Johnny de Souza Almeida, de 31, até a casa de Eduil Pereira dos Santos no dia em que ele foi espancado e asfixiado até a morte, em março do ano passado, no Bairro Guanandi.

Durante as investigações do crime, equipes da Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos) descobriram que os autores moravam a poucas quadras da casa da vítima e por isso perceberam que apesar de simples, Eduil levava uma vida confortável em virtude ao trabalho como cuidador de carros.

Por cerca de 30 anos, a vítima olhou os veículos estacionados perto do Fórum de Campo Grande, desde a época em que o prédio do órgão ficava na Avenida Fernando Corrêa da Costa. Por lá, era figura conhecida de promotores, defensores, juízes e servidores. Recebia diariamente de alguns motoristas e por isso, sempre andava com pequenas quantias em dinheiro no bolso. Também tinha um a bicicletas e um celular.

Eduil dos Santos Pereira cuidou dos carros estacionados no Fórum por mais de 30 anos.

Com intenção de pegar o dinheiro e os objetos, os bandidos invadiram a casa de Eduil no dia 5 de março. O cuidador de carro foi espancado e por fim, asfixiado até a morte por Tiago. Depois do crime, a dupla fugiu com tudo de valor que encontraram. Ambos foram presos nesta semana pela delegacia especializada.

Apontado como o responsável por matar a vítima, Tiago foi localizado em Ponta Porã, no assentamento Itamaraty. Já Ivar está preso desde 20 de dezembro do ano passado. Com outros dois comparsas, furtou pelo menos sete veículos em 12 horas em Campo Grande e Rochedo. Acabou preso no município a 83 quilômetros da Capital.

Na manhã de ontem, os policiais foram até a unidade prisional em que ele está para cumprirem mandado de prisão expedido pela justiça em razão ao crime. Quando ainda estava em liberdade, Ivar prestou depoimento a polícia e confessou ter participado do crime ao lado de Tiago.

A preventiva dos dois não tem data para encerrar. Os dois suspeitos irão responder por roubo qualificado pelo resultado morte, cuja pena pode chegar a trinta anos de reclusão.