Dólar cai ao menor patamar em dois meses com alta do petróleo; Bolsa sobe

Por Redação em 20/01/2022 às 08:51:09

Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro fecharam no campo positivo nesta quarta-feira, 19, acompanhando a alta recorde do barril de petróleoe a valorização do setor de commodities. Na pauta doméstica, investidores analisaram os impactos da mobilização de servidores nas negociações por reajustes. O dólar encerrou com forte queda de 1,7%, cotado a R$ 5,466. Esta é a menor cotação do câmbio desde 12 de novembro, quando registrou R$ 5,456. A divisa chegou a bater a máxima de R$ 5,553, enquanto a mínima não passou de R$ 5,459. Impulsionado pelo setor de commodities, o Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, fechou com alta de 1,26%, aos 108.013 pontos, no melhor patamar desde os 108.326 pontos alcançados em 16 de dezembro.

Investidores em todo o mundo acompanharam a trajetória de alta do barril do petróleo ao maior patamar em sete anos. A nova escalada é puxada pela tensão geopolítica envolvendo a Rússia, o segundo maior produtor mundial de petróleo e o principal fornecedor de gás, e a alta da demanda em meio aos impactos abaixo do esperado da variante Ômicron na economia global. O barril Brent, usado como referência para a Petrobras, já acumula alta de 11% desde o início do ano e ultrapassou a cotação de US$ 88. No cenário doméstico, a valorização é vista com cautela diante dos possíveis aumentos que estatal deve anunciar para acompanhar a paridade internacional. Na semana passada, a empresa já promoveu a elevação de 5% no litro da gasolina nas refinarias, e de 8% no diesel. Os aumentos devem manter a inflação em patamar pressionado, o que força o Banco Central (BC) a subir os juros de forma mais incisiva, levando à desaceleração da economia doméstica.

Os agentes do mercado financeiro também analisaram os desdobramentos que a paralisação geral de servidores nesta terça-feira, 18, terão nas negociações por reajustes. Os atos foram liderados pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), que reúne 37 entidades associativas e sindicais e representa mais de 200 mil servidores. A equipe econômica se posicionou contrária à concessão após o presidente Jair Bolsonaro (PL) sinalizar reajustes apenas para a categoria de segurança pública. As repercussões negativas, no entanto, levaram o governo a mudar o discurso e indicar que não será dado nenhum aumento. Análises dentro e fora do Planalto dão como certa a quebra do teto de gastos caso Bolsonaro autorize os reajustes.

Fonte: JP

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