Dólar e Bolsa sobem com dados da inflação e varejo no radar

Por Redação em 09/02/2022 às 12:57:29

O dólar e a Bolsa operam em alta nesta quarta-feira, 9, com investidores analisando os dados da inflação de janeiro e as vendas do varejo em 2021 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta manhã. Por volta das 12h20, o câmbio registrava leve avanço de 0,1%, cotado a R$ 5,265. A moeda norte-americana abriu o dia em queda e chegou a bater a mínima de R$ 5,237, mas inverteu o sinal no meio da manhã e atingiu a máxima de R$ 5,290. O dólar encerrou a sessão da véspera com avanço de 1,11%, a R$ 5,260. Acompanhando o clima positivo nos mercados internacionais, o Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, registrava alta de 0,55%, aos 112.846 pontos, após oscilar durante parte da manhã. O pregão desta terça-feira, 8, encerrou com avanço de 0,21%, aos 112.234 pontos.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,54% em janeiro com o encarecimento dos alimentos e bebidas. Apesar da desaceleração ante a alta de 0,73% de dezembro, é o maior registro para o primeiro mês do ano desde 2016. O resultado deixa a variação de preços no patamar de 10,38% em 12 meses, acima dos 10,06% registrados no mesmo período imediatamente anterior. O avanço no acumulado dá margem para o Banco Central (BC) manter o avanço dos juros para buscar trazer a inflação para a meta em 2022 e 2023. O Comitê de Política Monetária (Copom) subiu a Selic para 10,75% na semana passada e indicou nova alta em março, apesar de menos intensa do que o acréscimo de 1,5 ponto percentual feito nos últimos três encontros. A sinalização levou analistas do mercado financeiro enxergar os juros acima de 12% já no primeiro semestre.

O IBGE também informou nesta manhã que as vendas no varejo fecharam 2021 com alta de 1,4%, o quinto ano seguido de registro positivo. O avanço foi puxado pelo desempenho positivo no primeiro semestre do ano passado, quando a atividade registrou alta de 6,7%. Na segunda metade, no entanto, o ritmo de vendas teve queda de 3%. Em dezembro, a variação ficou negativa em 0,1% ante leve alta de 0,4% em novembro. O setor deve ser desafiado em 2022 pela manutenção da inflação elevada e os reflexos na corrosão do salário dos brasileiros. A alta dos juros, que retrai o consumo e aumenta as taxas para a concessão de crédito, também deve pesar no desempenho das vendas.

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Fonte: JP

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