Setor de aço contesta redução do imposto de importação proposto pelo governo

Por Redação em 11/05/2022 às 14:39:19

Indústria Siderúrgica rebate Construção Civil e apela ao ministro da Economia, Paulo Guedes, pela não redução da alíquota de importação do aço. O setor reage após a informação de que o governo baixaria 10% as alíquotas sob a justificativa de tentativa de contenção da inflação. O Instituto Aço Brasil solicitou uma reunião de emergência e apresentou em Brasília na última terça-feira, 10, seus dados ao ministro. O presidente do Conselho Diretor da entidade, Marcos Faraco, admite uma elevação de 45% dos custos, mas afirma também que o aço brasileiro é o mais barato do mundo, com exceção da Rússia, envolvida na guerra com a Ucrânia, e da China, que recebe subsídios do governo federal.

“Não faz nenhum sentido essa discussão que está sendo trazida para redução da alíquota de importação [do aço]. Uma vez que ela não atende o interesse da economia, não atende o interesse do setor, ela atende simplesmente interesses específicos de um setor importador que quer se beneficiar de desvio de comércio internacional para aumentar suas margens de negócio. Em nenhum momento esse setor está se colocando à frente como setor da construção, mas um segmento específico pequeno que quer incrementar suas margens de negócio através da agregação de desvio de comércio internacional”, afirma Faraco.

O Instituto Aço Brasil sustenta que o impacto do vergalhão de aço na inflação é de 0,03%. Em relação ao custo do aço do automóvel ele chega a 3% e, na construção civil, 5%, mas as ações das siderúrgicas operaram em forte queda nessa terça-feira, 10, e lideraram as perdas na bolsa, porque a notícia inicial era de que o governo planejava um corte de 10% na tarifa geral de importação de aço e de outros dez produtos. De acordo com o Ministério da Economia, a redução seria restrita para o vergalhão da construção, de 10,8% para 4%, de junho a dezembro. O Instituto Aço Brasil garante agora que o tema será revisado pelo governo e surge de uma pressão das construtoras que operam o programa Casa Verde e Amarela, que tem valores fixos dos imóveis para adequação ao modelo.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos

Fonte: JP

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