Curitibana cria absorvente para população de rua e vira Ășnica representante do hemisfĂ©rio sul em prĂȘmio

Por Redação em 01/06/2022 às 16:46:50

A designer de produtos curitibana Rafaella Bona Gonçalves, de 25 anos, criou um absorvente biodegradável e é finalista do prêmio European Inventor Award, sendo a única representante do hemisfério sul no concurso. Rafaella, que estudou na Universidade Federal do Paraná, estava procurando um tema para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e encontrou um grande problema social: a pobreza menstrual.

Rafaella é única pessoa do hemisfério sul no prêmio Europeu. Foto: reprodução.

A designer criou tampões e absorventes biodegradáveis à base de fibras vegetais, projetados
para serem de baixo custo e acessíveis por meio de modelos de negócios solidários.

“Eu pensei quais eram as formas de pobreza. Eu pensei em vários tipos de pobreza na cidade de Curitiba. Pesquisando esses tipo de pobreza, me deparei com a pobreza menstrual, que é quando as pessoas não tem recursos financeiros e nem acesso a produtos de higiene menstrual. Eu como mulher que menstrua todo dia não pensava isso. Foi a partir disso que comecei a pensar em uma solução para atender essa população”, disse à Banda B.

Produto de brasileira vis inovação. Copyright: European Patent Office. Foto: Gustavo Queiroz.

Rafaella comentou que o produto é para todas as pessoas em situação de vulnerabilidade. A ideia é contar com a colaboração de algumas empresas.

“Ele estará disponível pra todo mundo. Com a ajuda de empresas com responsabilidade, a cada absorvente vendido, outro será doado para entidades que ajudam pessoas em situação de rua”, detalhou.

Sobre a emoção de estar na final, Rafaella explicou que não sentiu nada parecido antes, uma sensação única. “É surpreendente. Eu já ganhei um prêmio na Alemanha, um dos primeiro que ganhei. Esse não é só pra desginers e também para jovens inventores. Foi uma surpresa pra mim, quando vi, era uma das finalistas”, concluiu.

Com seus projetos, Rafaella espera usar forro de bambu, celulose, espuma de soja e fibra
de banana como materiais para ajudar a combater a pobreza menstrual – o acesso
inadequado a produtos sanitários, instalações de lavagem e gerenciamento de resíduos
afeta pelo menos 500 milhões de mulheres em todo o mundo todos os meses.

Fonte: Banda B

Tags:   Saúde
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