Foguete será lançado no Brasil por agência aeroespacial sul coreana

Por Redação em 17/06/2022 às 18:46:25
A Innospace planeja lançar em dezembro o foguete experimental como parte de uma iniciativa para popularizar os lançamentos de satélites de baixo custo Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão

REUTERS

A primeira empresa privada a enviar um foguete do centro de lançamento de Alcântara, Maranhão, em dezembro, será a sul-coreana Innospace, de acordo com informações dadas pelo presidente da Agência Espacial Brasileira, Carlos Moura, à Reuters nesta sexta-feira (17).

O foguete, ainda em desenvolvimento, é experimental e faz parte de um planejamento para tornar os lançamentos de pequenos satélites de baixo custo mais acessíveis de vários locais ao redor do mundo, disse Moura em entrevista.

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A startup está desenvolvendo um foguete híbrido movido a combustível sólido e líquido, a ser testado em um voo suborbital que transportará uma carga útil do sistema de navegação inercial para a Força Aérea Brasileira (FAB) que opera a base de Alcântara, a disse a agência brasileira.

O Brasil espera obter uma fatia do mercado de lançamentos de pequenos satélites, em rápido crescimento, oferecendo sua base em Alcântara. A localização na costa atlântica na linha do equador oferece um privilégio econômico, pois reduz os custos de combustível, uma vez que os satélites não precisam viajar tão longe para entrar em órbita.

Desde que empresa norte-americana de foguetes Hyperion desistiu das negociações com o Brasil, a Innospace assumiu o lugar para se tornar a operadora da principal área de lançamento da base de Alcântara, comandada pela Força Aérea Brasileira.

A empresa aeroespacial canadense C6 Launch Systems Inc, que no ano passado obteve uma licença de operadora brasileira, planeja um lançamento de Alcântara em 2023. Já a Orion AST, com sede na Virgínia, que planeja lançamentos inicialmente destinados à coleta de lixo espacial, não fez nenhum progresso, disse Moura.

A Virgin Orbit do bilionário Richard Branson também obteve uma licença para operar no Brasil e usará a pista existente de 2,6 quilômetros de Alcântara para seu Boeing 747, Cosmic Girl, para decolar e lançar foguetes que colocam os pequenos satélites em órbita terrestre baixa.

Moura disse que as empresas menores de satélites estão tendo dificuldade em reservar lançamentos de sites existentes, com listas de espera de dois a três anos. Sendo assim, a base de Alcantara pode se tornar uma alternativa bastante promissora.

Embora Elon Musk tenha visitado o Brasil recentemente, sua SpaceX não tem planos de investir em uma nova instalação e continuará trabalhando em locais já existentes nos Estados Unidos. "Mas, se o número de voos da SpaceX aumentar rapidamente e o governo dos EUA decidir construir uma instalação no norte do Brasil, o cenário pode mudar", disse ele.

Fonte: G1

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