Funcionários da gigante americana Apple se sindicalizam pela primeira vez

Por Redação em 19/06/2022 às 16:57:00
Trabalhadores de uma loja no estado de Maryland, nos Estados Unidos, decidiram aderir a um sindicato, os primeiros da divisão de varejo da empresa. Fachada da loja da Apple em Manhattan, em Nova York, em 21 de julho de 2015

REUTERS/Mike Segar

Pela primeira vez na história da Apple, uma das maiores empresa de tecnologia dos Estados Unidos, um grupo de trabalhadores do varejo formou um sindicato: 65 dos 110 funcionários de uma loja da Apple na cidade de Towson, no estado de Maryland, votaram a favor da formação. A reunião foi transmitida ao vivo pelo órgão federal responsável. Os funcionários exigem mudanças na política salarial, horários de trabalho melhores, além de algumas medidas de segurança.

"Os funcionários locais da Apple em Towson têm o apoio de uma sólida maioria de nossos colegas", eles escreveram em uma carta ao CEO da empresa, Tim Cook. Eles disseram ainda que entrar para o sindicato não era um movimento contra a direção da companhia.

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A votação ocorreu após uma campanha pela sindicalização organizada por um grupo de funcionários chamado AppleCORE (Coalizão de funcionários organizados do varejo, na sigla em inglês). "Conseguimos, Towson! Vencemos a votação pela sindicalização! Obrigado a todos que trabalharam tão duro e a todos que apoiaram! Agora nós celebramos... Amanhã, seguiremos organizando", disse a AppleCORE no Twitter.

Robert Martinez, presidente do sindicato que ficará responsável pelo grupo, elogiou a "coragem" dos funcionários da Apple. Ele disse que a vitória representava a "demanda crescente por sindicatos nas lojas da Apple e em diferentes setores da economia em toda a nossa nação". A Apple não comentou a decisão.

Alegações de tentativa de intimidação

Os trabalhadores da Apple em Towson são os primeiros funcionários da divisão de varejo da Apple a se sindicalizarem. Os trabalhadores da Apple em Atlanta, que também queriam se sindicalizar, retiraram o seu pedido em maio, e alegaram que estavam sendo intimidados.

A diretora de Recursos Humanos da Apple, Deirdre O'Brien, havia visitado a loja de Towson em maio, quando afirmou que um sindicato "complicaria" a relação entre a empresa e seus funcionários ao atuar como "mediador".

Sindicatos americanos em alta

Nos Estados Unidos, os sindicatos perderam considerável poder e número de filiados nas últimas décadas. Nos últimos meses, no entanto, eles vêm alcançando algumas conquistas simbólicas.

Trabalhadores de duas lojas da rede Starbucks em Buffalo, no estado de Nova York, aderiram a um sindicato em dezembro passado. No início de abril, trabalhadores de um armazém da Amazon em Staten Island, também em Nova York, foram os primeiros da empresa a votarem a favor da sindicalização.

Fonte: G1

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