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Grupo com 200 indígenas de MS integra mobilização nacional em Brasília.

Acampamento Terra Livre (ATL) é considerado o principal espaço de articulação e mobilização indígena do país.

Por Redação em 10/04/2025 às 10:57:30
Indígenas de Mato Grosso do Sul dutante ato nesta terça-feira (Foto: Valcecio Terena).

Indígenas de Mato Grosso do Sul dutante ato nesta terça-feira (Foto: Valcecio Terena).

Grupo de 200 indígenas de Mato Grosso do Sul participam, desde estas segunda-feira (7), da 21ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL), em Brasília (DF). A delegação partiu em quatro ônibus de comunidades dos municípios de Nioaque, Dois Irmãos do Buriti, Sidrolândia, Aquidauana, Anastácio, Miranda e Porto Murtinho, de diversas etnias.

O evento, considerado o principal espaço de articulação e mobilização indígena do país, reúne povos de todas as regiões do Brasil. A programação vai até sexta-feira (11), com atos públicos, reuniões com autoridades, plenárias temáticas e manifestações culturais.

Coordenador do Conselho do Povo Terena de Mato Grosso do Sul, Valcélio Figueiredo explicou que o grupo busca dar visibilidade a pautas urgentes. "Estamos fazendo mobilização para chamar atenção dos governos sobre o território, saúde, educação e preservação do ambiente", afirmou.

Segundo ele, a agenda inclui encontros com lideranças políticas e representantes de organismos internacionais. "Agora, por exemplo, estou aqui na embaixada da Noruega", relatou durante uma das atividades em Brasília.

Grupo com 200 indígenas de MS integra mobilização nacional em Brasília

Participantes do ATL percorreram cerca de 4 quilômetros (Foto: @sallynhanadewa/ Apib e Aty Guasu)

Marcha, plenárias e reivindicações - Nesta terça-feira (8), os participantes do ATL percorreram cerca de 4 quilômetros do Eixo Monumental, entre o antigo Complexo Funarte e a Esplanada dos Ministérios. O grupo entoou cânticos e palavras de ordem em defesa de direitos indígenas garantidos pela Constituição.

O ATL é organizado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), em parceria com sete organizações regionais, entre elas o Conselho do Povo Terena, a Aty Guasu e a Comissão Guarani Yvyrupa.

Nesta quarta-feira (9), estão programados diálogos temáticos nas tendas das organizações e a Plenária Nacional de Saúde Indígena, com o tema "Transição, Resistência e Protagonismo". No período da tarde, acontecem discussões sobre a atuação da Câmara de Conciliação no STF (Supremo Tribunal Federal) e a transição energética.

Também está prevista a apresentação de uma pesquisa sobre impactos de petróleo e gás na área da Apoinme, além do ato cultural "Memória, Justiça e Resistência Indígena LGBTQIA+".

Na quinta-feira (10), a programação prevê a apresentação das delegações e a Marcha "A Resposta Somos Nós", seguida de plenária sobre a participação indígena na COP 30, que ocorrerá em 2025. No mesmo dia será lançada a Comissão Internacional Indígena para a conferência climática.

A sexta-feira (11) marcará o encerramento do ATL, com os últimos diálogos temáticos pela manhã, uma plenária política à tarde e a leitura do documento final com as deliberações do acampamento.

Fonte: Campo Grande News

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