G1
Provedores de internet do país estão cortando acessos a plataformas de mídias sociais, usadas para protestar contra golpe militar. Veículos do Exército de Mianmar trafegam por rua em Mandalay em 2 de fevereiro de 2021 após golpe militar que derrubou o governo eleito democraticamente no paísReutersProvedores de internet em Mianmar bloquearam o acesso das pessoas ao Twitter nesta sexta-feira (5), segundo o NetBlocks, grupo que monitora a liberdade de internet ao redor do mundo. Relatos de instabilidade e dificuldade de acesso também foram confirmados pela agência de notícias Reuters. A restrição acontece dias depois de usuários usarem as redes sociais para protestar contra o golpe militar ocorrido no país na última segunda-feira (1º). Na última quinta (4), os líderes militares restringiram até o próximo domingo (7) o acesso ao Facebook, principal fonte de informações e notícias no país, por uma questão de "estabilidade". WhatsApp e Instagram, apps que pertencem à empresa de Mark Zuckerberg, também foram bloqueados. Outras redes sociais e aplicativos, incluindo Twitter e Signal, tiveram um aumento no número de usuários em Mianmar após essas restrições, de acordo com a BBC.Saiba mais: Como o Facebook se tornou peça central na crise política de MianmarApesar da pressão militar, centenas protestam contra golpe em MianmarGolpe em MianmarVÍDEO: Apesar da pressão militar, centenas protestam contra golpe em MianmarNa última quarta (3), o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que fará tudo ao seu alcance para garantir que a comunidade internacional "exerça pressão suficiente" sobre Mianmar para que o golpe de Estado "fracasse".Os militares tomaram o poder e prenderam o presidente do país, Win Myint; a prêmio Nobel da Paz de 1991, Aung San Suu Kyi; e outros líderes civis na segunda-feira (1º), causando forte reação da comunidade internacional (exceto China e Rússia).O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também pediu pressão internacional para que militares de Mianmar "renunciem imediatamente".Após o golpe, foi declarado estado de emergência de um ano no país e o general Min Aung Hlaing, comandante das Forças Armadas, foi nomeado presidente em exercício.A Nobel da Paz Suu Kyi foi formalmente acusada por ter um aparelho de comunicação por rádio em casa e, em meio a protestos, os militares derrubaram o acesso ao Facebook e outras redes sociais essenciais para a comunicação dos birmaneses.VÍDEOS: as últimas notícias internacionais