A Câmara Municipal de Rio Brilhante prestou homenagem ao cantor e músico Célio Silva, falecido em um acidente de carro, ocorrido em 09 de março deste ano.
De autoria do vereador José Maria Caetano de Souza – Nô (DEM), a Moção de Pesar foi votada na sessão de segunda-feira, 30, com a presença de familiares e amigos do cantor.
Na oportunidade, os vereadores destacaram as grandes qualidades de Célio Silva como artista e como ser humano. Querido por todos, o músico deixou um grande legado na cultura musical de Rio Brilhante.
O Centro Cultural do Chamamé também se fez presente, homenageando a esposa de Célio, Srea. Regina Silva, num momento de muita emoção.
Artistas rio-brilhantenses fizeram uma apresentação musical, interpretando as musicas que Célio mais gostava, trazendo boas recordações aos presentes.
Histórico
Célio Silva era natural de Bataiporã-MS. No dia 11/10/1969 nascia um talento nato, uma grande voz.
Filho de Odete da Silva e José Manoel da Silva, era de uma família de nove irmãos: Célio, Luiz, Claudio, Wilson, Hélio, Solange, Zuleide, João e Célia.
Ainda muito pequeno ganhava seu 1ºtrofeu como cantor, e aos 7 anos de idade já nascia um sonho de ser representante da musica sul-mato-grossense.
Quando ganhou um presente de sua mãe Odete, uma bicicleta, trocou por um violão, o primeiro de muitos, onde sozinho só ao ouvir seu pai José Manuel que também era músico, tocar, aprendeu a dedilhar as primeiras musicas.
Em 1993 casou-se com Regina Soares da Silva, constituindo família. Regina já tinha as filhas Katiuscia e Andressa Carolina, que foram criadas com todo amor e carinho. Celio já tinha os filhos Marcelo Inacio e Janaina, fruto de outro relacionamento. Viveram 28 anos juntos uma vida de muitos momentos de amor, alegria, comunhão e fraternidade.
Célio se tornou um rio-brilhantense de coração e por onde ia fazer seus bailes e shows sempre levava o nome de Rio Brilhante, cidade a qual amava. Fez apresentações com grandes duplas famosas e participou de diversos programas regionais de rádio e tv mostrando seu talento e até no programa do Gugu Liberato onde fielmente mais uma vez levou seu carinho e amor pela musica regional sul-mato-grossense.
Célio formou algumas duplas e grupos musicais: Célio e Márcio e o conjunto Brilhante Sertanejo,conjunto Essência Regional quando grava seu primeiro CD com composições próprias e de companheiros. Também formou dupla com seu sobrinho Vanderlei, compondo a musica "Historia de Fazendeiro" homenageando o saudoso José Luiz da Silva. Com seu amigo Henrique Moraes formou a dupla "Célio Silva & Henrique Moraes", por ultimo formou a dupla com seu irmão Ilson.
Destaque para grande regravação de Theodoro e Sampaio ""Copo de Papel"", "Borboleta Errante" e "Suas Marcas de Batom" e o hino que ficou marcado na historia de Rio Brilhante, "Cidade Formosa".
Seu amor pela musica e por Rio Brilhante, sempre foi sua maior inspiração. Sua esposa por varias vezes quis ir para grandes cidades para ter um reconhecimento maior, porém Célio nunca quis e dizia que aqui era seu lugar, pois nunca lhe faltaria um ombro amigo e aqui ele iria fazer seu sucesso e terminar seus dias.
Trouxe também, no Clube Caiuás, Délio e Delinha e muitos outros cantores que encantaram Rio Brilhante.
Foi fundador do clube Chácara Bambu juntamente com sua equipe e com Ênio e Lucila Rocha, e do Clube Regional, antigo prédio da Panorama.
Fundador e incentivador do Centro Cultural do Chamamé de Rio Brilhante, no período de 2011 a 2020, onde honrou e teve a grata satisfação de participar de todos os festivais realizados.
Companheiro de Rio Brilhante sempre esteve junto com a cultura desse município, ajudando e elevando o nome da cidade que tanto amava.
Era um grande fã da dupla Milionário e José Rico e em Douradina-MS, abriu o show de seus ídolos na festa junina, muito conhecida na região. Sua felicidade nesse dia não tinha tamanho, mas a humildade sempre prevaleceu em seu coração e na sua vida até o fim.
Só nos resta levar o nome deste que foi um dos pioneiros da cultura do município, para incentivo das futuras gerações, afinal somos a Capital do Chamamé.
Foram grandes bailes, casamentos, festas, rodeios, clubes de laço, festa culturais de toda região onde ficou conhecido e reconhecido por seu talento e por sua voz.
"Garganta de ouro de Rio Brilhante", obrigado Célio. Jamais esqueceremos sua frase no encerramento de seus shows.
"Acredite em Deus, pois o mundo ainda não esta perdido, se existe amor, para que sofrer. Vamos juntos". Célio Silva (*11/10/1969 +09/03/2021)
Fonte: Assessoria de Comunicação - CMRB