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Economia

Dólar cai a R$ 5,03 e recua ao menor valor desde junho após Copom e estímulos na Europa


O dólar fechou em forte queda nesta quinta-feira, 10, com o bom humor dos investidores após o Banco Central sinalizar que deve mudar a trajetória da taxa básica de juros da economia brasileira em 2021. O recado foi passado pelo Comitê de Políticas Monetárias (Copom) nesta quarta, 9, ao divulgar a manutenção da Selic em 2% ao ano, o menor nível da história. No noticiário internacional, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou novos pacotes para mitigar os efeitos do novo coronavírus, o que deve injetar mais euros nos mercados globais. Com tudo isso, a moeda norte-americana recuou 2,59%, a R$ 5,037. Este é o menor valor desde exatos seis meses atrás: em 10 de junho, a divisa fechou a R$ 4,936. O dólar chegou a tocar a miníma de R$ 5,032, enquanto a máxima não passou de R$ 5,131. Na véspera, o dólar encerrou com alta de 0,87%, cotada a R$ 5,172. O otimismo nos mercados internacionais impulsionou a Bolsa de Valores brasileira. O Ibovespa, principal índice da B3, fechou o pregão com avanço de 1,88%, aos 115.128 pontos. Este foi o melhor registro desde 19 de fevereiro, quando encerrou aos 116.517 pontos.

Os investidores passaram o dia repercutindo o indicativo do Banco Central em alterar a manutenção da taxa de juros da economia brasileira a partir do próximo ano.O congelamento da Selic em 2% no encontro desta quarta — o último do ano —, já era esperado pelo mercado, que estava mais ansioso pelo recado da trajetória futura da principal ferramenta de controle da inflação. Ao contrário dos últimos encontros, a autoridade monetária nacional não indicou a permanência dofoward guidance — a estratégia de não subir os juros — caso os índices inflacionários permaneçam sob controle. "A manutenção desse cenário de convergência da inflação sugere que, em breve, as condições para a manutenção do forward guidance podem não mais ser satisfeitas, o que não implica mecanicamente uma elevação da taxa de juros pois a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo extraordinariamente elevado frente às incertezas quanto à evolução da atividade", informou a autoridade monetária nacional.

Ainda no noticiário doméstico, o mercado reagiu de forma positiva ao anúncio da Anvisa sobre a autorização do uso emergencial de vacinas contra a Covid-19. A agência reguladora afirmou que só serão aprovados os pedidos que cumprirem requisitos mínimos de qualidade, eficácia e segurança. Até o momento, nenhuma farmacêutica protocolou pedido de autorização. Também no campo da pandemia, o Instituto Butantan iniciou a produção da CoronaVac, feita em parceria com o laboratório chinês Sinovac, e disse que tem capacidade para entregar 1 milhão de doses por dia. Segundo o órgão ligado ao Executivo paulista, 12 estados já fizeram reserva do imunizante. Também contou no radar dos investidores o avanço de 0,9% no varejo em outubro, o terceiro avanço recorde seguido e sexto resultado positivo.

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O destaque do cenário externo foi a aprovação pelo Banco Central Europeu (BCE) de medidas que irão reduzir o impacto da pandemia do novo coronavírus nas economias do bloco. A autoridade monetária anunciou a extensão de compras líquidas até o fim de março de 2021, e disse que irá expandir o programa emergencial de compras para 1,8 trilhão de euros, ante o estimado de 500 bilhões. O mercado ainda aguarda pela reunião entre técnicos da Pfizer com a agência reguladora de medicamentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês), que deve confirmar a liberação em caráter emergencial a imunização contra a Covid-19. O encontro estava previsto para esta quinta, mas foi transferido para amanhã, 11. Caso seja aprovado, a expectativa é iniciar a imunização antes de domingo. Também ficou no radar aalta no número de mortes pelo novo coronavírus em diversas regiões dos EUA. Nesta quarta, mais três mil óbitos foram confirmados.

JP

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