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Expectativa inicial era que leilão movimentasse R$ 49,7 bilhões. Além de pagamento ao governo, empresas vencedoras terão que cumprir exigências, como implantação de internet em escolas. Tecnologia 5G vai mudar trabalho, consumo e diversãoA Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou nesta sexta-feira (5) que o leilão do 5G - a nova geração de internet móvel - movimentou R$ 46,79 bilhões. O valor ficou abaixo dos R$ 49,7 bilhões esperados inicialmente.Do valor movimentado pelo leilão, R$ 7,4 bilhões são de outorga, mas não necessariamente todo esse valor vai para o caixa do governo. Isso porque o edital prevê que parte do ágio, ou seja, do valor pago pelas vencedoras acima do preço mínimo de cada lote, será transformado em novos compromissos de investimento.SAIBA MAIS:Termina o leilão do 5g; veja as vencedorasWinity vence 1º lote do leilão do 5G, e país terá nova operadora de telefonia móvel nacionalClaro, Vivo e TIM arrematam faixa de 3,5 GHz, considerada a principal do leilão"Não conseguimos dizer quanto vai para o Tesouro, podemos dizer apenas que R$ 7,4 bilhões é o valor de outorga, mas parte vai pro governo e parte pra obrigação, vamos definir isso semana que vem", explicou Abraão Balbino e Silva, superintendente da Anatel e presidente da comissão de licitação do 5G.O leilão começou na quinta-feira (4), com a licitação dos lotes das faixas de frequência de 700 MHz, 2,3 GHz e 3,5 GHz, e terminou nesta sexta, com os lotes da faixa de 26GHz.As faixas de 3,5GHz e de 26GHz serão usadas exclusivamente para o 5G. Já as faixas de 700 MHz e de 2,3 GHz são compatíveis com quinta geração de internet móvel, mas serão usadas inicialmente para expandir o 4G pelo país.Essas faixas de frequência funcionam como "avenidas no ar". É por meio delas que o serviço de transmissão de dados será ofertado. O prazo de autorização para exploração das faixas é de até 20 anos.Quem ganhouAo todo, 11 das 15 empresas credenciadas a participar do leilão levaram algum lote. Dessas, cinco já possuem autorização para prestação de serviço móvel pessoal: Claro, TIM, Telefônica (dona da marca Vivo), Algar Telecom e Sercomtel.As demais são consideradas estreantes no mercado, pois não possuíam, até então, autorização para prestação de serviço móvel pessoal. São elas:Winity (Fundo Pátria)Cloud2U;Consórcio 5G Sul (Copel Telecom e Unifique);Brisanet; Neko (Surf Telecom); eFlyLink.