Cinco municĂ­pios de MS seriam extintos com proposta do Governo Federal do Pacto Federativo

AlĂ©m do critĂ©rio populacional, a baixa arrecadação tambĂ©m serĂĄ levada em conta para a fusão com municĂ­pio vizinho maior

Por Redação em 06/11/2019 às 19:46:22
Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, o Congresso deve definir as regras para que uma cidade exista (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, o Congresso deve definir as regras para que uma cidade exista (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

MATO GROSSO DO SUL (MS) - O Pacto Federativo, que foi entregue nesta terça-feira, 5, pelo presidente da RepĂșblica, Jair Bolsonaro, e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, prevĂȘ a redução do nĂșmero de municĂ­pios com a restrição para a criação de novas cidades e a incorporação pelo municĂ­pio vizinho de cidades com menos de 5.000 habitantes e com arrecadação própria menor que 10% de sua receita total. Caso a medida seja aprovada, cinco cidades de Mato Grosso do Sul podem ser extintas a partir de 2026.

Segundo a Ășltima estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂ­stica), do ano de 2018, o municĂ­pio de Rio Negro, que fica na região centro/norte do estado e possui 4.819 habitantes seria anexado ao municĂ­pio de Aquidauana. JĂĄ o municĂ­pio de JateĂ­, no sudoeste do estado, com 4.034 habitantes, faria parte do municĂ­pio de Iguatemi.

Também no sudoeste de Mato Grosso do Sul, o municĂ­pio de Novo Horizonte do Sul poderia ser incorporado à cidade de Ivinhema, jĂĄ que aquele possui apenas 3.947 habitantes. E na região leste, Taquarussu, com 3.583 habitantes deixaria de ser municĂ­pio podendo ser anexado à cidade de Batayporã ou até mesmo Nova Andradina.

A cidade com menor nĂșmero de habitante no estado, Figueirão, com 3.044 habitantes poderia ser anexada ao municĂ­pio de Alcinópolis ou Camapuã, na região centro-oeste de Mato Grosso do Sul.

ZONA DE REBAIXAMENTO

Outros cinco municĂ­pios estão na faixa populacional entre 5 mil e 6 mil habitantes. Estas cidades estariam em uma espécie de "zona de rebaixamento" e caso o nĂșmero populacional venha a cair abaixo do estipulado pelo Governo Federal, eles poderiam também ser extintos. São eles:

  • Douradina: 5.889 habitantes – municĂ­pio poderia ser incorporado a Dourados

  • Corguinho: 5.839 habitantes – poderia ser anexado a Aquidauana

  • ParaĂ­so das Águas: 5.455 habitantes – podendo ser vinculado a Água Clara ou Costa Rica

  • Rochedo: 5.403 habitantes – que poderia passar a pertencer a Bandeirantes ou Campo Grande

  • Alcinópolis: 5.268 habitantes – podendo ser incorporado a Pedro Gomes ou Coxim

    O Brasil tem 1.253 municĂ­pios com menos de 5.000 habitantes, segundo a Ășltima estimativa do IBGE divulgada em agosto. O nĂșmero equivale a 22,5% do total de 5.570 municĂ­pios brasileiros. Desses, trĂȘs deles tĂȘm menos de 1.000 habitantes, de acordo com a Ășltima estimativa, de julho de 2019: Serra da Saudade (MG), com 781 pessoas; BorĂĄ (SP), com 837; e Araguainha (MT), com 935.

    Segundo Guedes, houve nos Ășltimos anos uma proliferação de municĂ­pios, criando desequilĂ­brios fiscais, porque hĂĄ mais entes para que o dinheiro seja dividido. Em 1991, eram 4.491 municĂ­pios. Esse nĂșmero subiu para 5.507 em 2000, 5.565 em 2010 e a 5.570, na estimativa de 2018 do IBGE.

    Com informações do site Veja

Comunicar erro
Funcerb RB

ComentĂĄrios