Mesmo não sendo o principal agente transmissor da doença, mais de 800 crianças pequenas em MS pegaram a covid-19

Por Governo - MS em 06/01/2021 às 06:37:00
Foto: Saul Schramm

Foto: Saul Schramm

No Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de SaĂșde um nĂșmero chama a atenção: do começo da pandemia até 5 de janeiro deste ano 823 crianças com menos de um ano foram infectadas pelo coronavĂ­rus. Entre 1 e 9 anos, foram 4.064 positivados.

Além de ser relativamente significativo, o dado choca porque significa que os bebĂȘs, possivelmente com pouco contato externo, podem ter adoecido no ambiente intradomiciliar, ou seja, é muito provĂĄvel que a doença tenha vindo por um familiar.

Para a infectologista e integrante do COE/MS (Centro de Operações de EmergĂȘncias), Mariana Croda, esse nĂșmero pode ser ainda maior. "As crianças tĂȘm nenhum ou poucos sintomas da doença e como o exame swab é desconfortĂĄvel para este grupo, muitas vezes a realização do teste é evitada. Além disso, hĂĄ poucos casos de internações e, com isso, menos diagnósticos dessa faixa etĂĄria".

De acordo com a informação da SES, nenhum óbito deste grupo foi registrado. "Os pequenos não representam um vetor de transmissão da doença, é importante que isso seja ressaltado, não são importantes na cadeia de transmissão e isso se deve a caracterĂ­stica da doença, conforme jĂĄ comprovado por estudos cientĂ­ficos", saliente Mariana Croda.

Porém, quando hĂĄ casos de bebĂȘs positivados, independentemente dos resultados dos demais membros da famĂ­lia, todos os residentes da casa são isolados.

"O foco é a prevenção em relação à população idosa, minimizar o contato dos idosos, porque eles representam o maior risco de morte", acrescenta a especialista.

Sobrevivente

No dia 21 de julho, o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), referĂȘncia no tratamento da Covid-19, recebeu um recém-nascido com fortes suspeitas de Covid-19 e que obteve a cura da doença. Segundo relatos da mãe, o bebĂȘ teve contato domiciliar com parentes e amigos com sintomas gripais. A criança, em seguida, teve febre alta e obstrução nasal, o que a levou a procurar o hospital.

No dia 24 saiu o resultado positivo para a Covid-19. Desde então, a criança, que hoje tem 1 mĂȘs e quatro dias de vida, esteve internada no CTI por 14 dias. No dia 05 de agosto, a criança recebeu alta do CTI e foi encaminhada para a enfermaria. "Ela (a criança) respondeu muito bem ao protocolo médico dado as infecções e inflamações ocasionadas em decorrĂȘncia da Covid-19, mas nos primeiros dias nos deixou bem preocupados", relatou, na época, a médica pediatra e neonatologista do HRMS, Tatiana dos Santos Russi.

Ana Brito, Subcom
Foto: Saul Schramm

Fonte: Região MS Noticias

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