Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Jornal da Manhã

Mulheres jovens foram as que mais perderam emprego na pandemia, diz Ministério da Economia


As mulheres foram as que mais perderam os empregos durante a pandemia da Covid-19. A maioria tem até 29 anos e está em busca de recolocação no mercado de trabalho. É o que aponta uma pesquisa do Ministério da Economia. O que chama atenção no perfil dessas mulheres é que a maioria têm baixa qualificação profissional. E, ainda, só possui no currículo escolar o nível media de ensino. A informalidade, então, é o jeito mais fácil de voltar ao mercado de trabalho. O raio-x da pesquisa revela uma realidade ainda mais difícil: cerca de 80% das mulheres já desempregadas estão em busca de uma recolocação há, pelo menos, dois ou mais anos — 38% delas não possuem, sequer, um nível de escolaridade aceitável no mercado.

A cada 3 trabalhadores, 2 são mulheres. Os especialistas esperam que, com a retomada do comércio em sua totalidade, o emprego volta a bater na porta do público feminino. Isso para várias idades — dos mais jovens aos mais velhos. Agora, com a retomada do comércio e a grande demanda de venda, os empresário, de acordo com os especialistas, vão ter que contratar. É o que garante Paula Sauer, economista da ESPM. “A gente consegue imaginar, com a vacinação, com o aumento da confiança do empresário, com o próprio aumento da confiança do consumidor, que volta a consumir e estimula a indústria a produzir de novo. É um emprego voltando, se encaixando na situação de pré-pandemia, lá para 2024.” A pesquisa do Ministério da Economia vem em um momento em que o governo tenta aprovar no Congresso Nacional um pacote de medidas que prevê cursos de qualificação para trabalhadores que enfrentam dificuldades na pandemia. E, ainda, permite a contratação mesma sem carteira assinada.

Paula Sauer explica que é preciso ter mais incentivo do governo federal para essas mulheres que se sentem desamparadas e sem estrutura emocional. “Quais medidas foram pensadas para minimizar ou mitigar essa crise? A gente não vê. E aí, em resposta a isso, vemos mulheres deixando, então, de procurar emprego. Elas saem da situação de busca ativa por emprego e entram na condição de desalento.” Parte dessas mulheres entrou no ciclo vicioso, difícil de romper: iniciar ou voltar ao mercado de trabalho mesmo na juventude é mais difícil sem a qualificação. Muitas delas deixam os estudos para priorizar o trabalho ou a causa da gravidez precoce. O resultado, segundo o IBGE, é 27,5% das mulheres de 15 a 29 anos não trabalham e nem estudam.

*Com informações do repórter Maicon Mendes

JP

Economia Jornal Da Manhã Desemprego IBGE Mulheres

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!