"Se beber não Ceie" A vergonha do cinema brasileiro.

Crítica: Especial de Natal do Porta do Fundos pega pesado, porém…

Por Redação em 10/12/2019 às 11:03:47
Fábio Porchat e Gregório Duvivier no especial de natal do Porta dos Fundos (Foto: Reprodução)

Fábio Porchat e Gregório Duvivier no especial de natal do Porta dos Fundos (Foto: Reprodução)

O Porta do Fundos lançou mais um de seus especiais de Natal, na plataforma de Streaming, Netflix.

A dois anos eles tinham lançado um no Youtube, no ano passado o especial intitulado de "Se Beber, Não Ceie" foi para a plataforma – que ganhou o Emmy na Categoria melhor comédia -, devido ao enorme sucesso no natal passado, o contrato foi renovado e esse ano a bola da vez é "A Primeira Tentação de Cristo".

A História se passa no aniversário de 30 anos de Jesus Cristo e a piada corre solta. Após passar 40 dias no deserto, Jesus volta gay enrustido, com um "amigo" bem afeminado chamado Orlando, José é o bom e velho conhecido popularmente de "corno bravo", pois Deus – que é conhecido como Vitório -, dá uns pegas em Maria – que é uma fumante -, por aí você vê o peso da sátira.

É nítido que a história traz uma heresia, com pitadas de Blasfêmia no roteiro que não é nada simples, muito pelo contrário, é bem exagerado. Mas talvez esse seja o diferencial que Fábio Porchat e sua equipe busque ao produzi-lo.

Gregório Duvivier e Evelyn Castro como Maria e Jesus no Especial de Natal do Porta dos Fundos(Foto: Reprodução)

Muitos estão criticando fortemente a produção, mas vale lembrar que esse não é o primeiro filme a pegar pesado com a história da bíblia. Em 1999, o filme americano "Dogma" – dirigido por Kevin Smith – colocou a cantora Alanis Morissette no papel de Deus. Ben Affleck e Matt Damon fizeram Bartleby e Loki, dois anjos expulsos do céu e exilados em Wisconsin, EUA. Para voltar ao paraíso, eles planejam passar pela porta de uma igreja, tendo seus pecados perdoados. Se fizerem isso, porém, eles destruirão todo o equilíbrio da existência.

Em 2011 tivemos uma comédia para lá de curiosa chamada "Habemus Papam" na qual o papa Bento XVI se negava a uma missão de guiar milhares de fiéis. Seu passatempo era jogar vôlei com os seus cardeais.

O especial do Porta do Fundos é uma sátira pesada, porém é curiosa e boa de se ver. Se você for daqueles que acredita em qualquer coisa que sai na internet como por exemplo os 200 anjos que foram achados caídos na Antártida, ou aquelas histórias de espíritos em vídeos na internet, ou em vampiro, ou contos de fadas, melhor não dar play na história.

O que vale é a diversão e os risos que a produção arranca de quem assiste. Ele deve ser levado como um filme de comédia onde por acaso os personagens tem os mesmos nomes das histórias bíblicas.

Antônio Tabet, Evelyn Castro e Rafael Portugal como Deus, Maria e José no Especial de Natal do Porta dos Fundos(Foto: Reprodução)

O elenco conta com Gregório Duviver que faz Jesus, o personagem foi como uma luva, o rapaz é bem-sucedido no tom inocente, Porchat é o Orlando que vira Lúcifer, só ele poderia fazer o personagem, Antônio Tabet fez o Deus/Vitório, porém o personagem lembra muito o policial Peçanha dos esquetes Porta dos Fundos do Youtube, mas esse ano o protagonista dos melhores momentos foi sem dúvida nenhuma Rafael Portugal, o José tirando a nervoso, mas no fundo é corno. Se tem alguém que sabe fazer personagem que nunca se dá bem é ele, o ator é a cereja do bolo da produção. Sempre muito bem aproveitado e elogiado por onde passa, o roteiro na ponta da língua e com caras e bocas que só ele pode fazer, o cara é muito bom.

Entretanto, se tratando do final da história, merecia algo mais inteligente, não darei spoiler, mas Fábio Porchat – roteirista do projeto – pode ter pensado muito e acabou em uma escolha sem muito sentido, conseguiu encaixar Lúcifer, mas poderia ser melhor aproveitado, vale a dica para o próximo.

Fonte: IG

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