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Jornal da Manhã

Inflação alta e endividamento das famílias diminui ímpeto para compras no Dia das Mães


Dia das Mães, no próximo domingo, costuma ser uma data em que os filhos presenteiam as mães com pelo menos alguma lembrancinha. Mas, neste ano, o cenário de inflação em alta, endividamento recorde no Brasil, escalada dos juros com acompanhamento do crédito nas alturas não favorece muito a data. Apesar da conjuntura econômica desfavorável, o comércio tem uma grande expectativa para este Dia das Mães. Até pelo fato de que, no ano passado, o Brasil vivia o período mais agudo da pandemia justamente nesse período do ano e agora as lojas estarão abertas, à espera dos consumidores. A expectativa do segmento é que seja movimentado R$ 14,4 bilhões.

O economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC) Fábio Bentes lembra que a data ainda é considerada “o Natal” do primeiro semestre do ano para o setor. “Obviamente, assim como o Natal, tem um apelo muito forte. Quer dizer, o presente para as mães passa pelo menos por uma lembrancinha. E, este ano, sem dúvida alguma, a maioria dos filhos, dos consumidores, vai até lá para uma lembrancinha, porque a gente sabe que a situação do orçamento familiar no Brasil está passando por um período delicado”, comenta.

Outro complicador em 2022 é que os presentes estão 10% mais caros, na média, a maior elevação desde 2013, por causa da inflação. “Aquele reajuste de preços que o varejista se depara quando vai encomendar uma mercadoria do atacadista, por exemplo, quando ele vai importar uma mercadoria, na média os preços do comércio estão subindo cerca de 20% nos últimos 12 meses. E o varejo está repassando apenas parte dessa alta para o consumidor. Ainda assim, repassando apenas parte dessa alta, estamos com uma inflação para as famílias, para os consumidores, uma inflação de dois dígitos”, explica Bentes sobre as dificuldades que envolvem a data.

A gerente de marketing do Shopping Cidade de São Paulo, Cindy Bene, avalia que calçados, vestuários, perfumaria e cosméticos devem liderar as vendas. “A nossa expectativa é a mais positiva possível. A gente está falando da principal data de varejo do primeiro semestre. Nossos lojistas se prepararam muito para a ocasião e, a gente tem certeza que vai ser o ponto de retomada. Hoje, a intenção de compra dos clientes é muito grande para a ocasião e todos vêm muito otimistas para celebrar a data. A gente vem se destacando principalmente em moda, acessórios, perfumaria, beleza. Esses itens acabam saindo na frente nas opções de presentes para as mães”, afirma Bene. A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) também está otimista e trabalha com a estimativa de cresce 19% nas vendas em relação a 2021. O setor espera movimentar cerca de R$ 4,9 bilhões no Dia das Mães.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos

JP

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