Decretos de calamidade pĂșblica são discutidos durante sessão plenĂĄria

O presidente, embora agilize os trâmites, o Decreto de Calamidade PĂșblica 'não dispensa nenhum processo fiscalizador'.

Por Fabiana Silvestre em 29/03/2023 às 13:00:38
Deputado João Henrique iniciou o debate durante a sessão desta quarta-feira/Foto: Luciana Nassar

Deputado João Henrique iniciou o debate durante a sessão desta quarta-feira/Foto: Luciana Nassar

Deputados estaduais debateram a eficĂĄcia dos decretos de calamidade pĂșblica que tramitam na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), atendendo a reivindicações das prefeituras do Estado. O deputado João Henrique (PL) iniciou a discussão a partir da tribuna, durante a sessão plenĂĄria desta quarta-feira (29).

Segundo ele, os decretos eram justificĂĄveis à época da fase mais aguda da pandemia da Covid-19, "quando estĂĄvamos vivendo o caos", porém, atualmente, mesmo com pareceres favorĂĄveis da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), pela constitucionalidade, não haveria necessidade comprovada da medida. "Hoje, essa brecha é renovada e pede-se que esteja diminuĂ­da a fiscalização dos órgãos de controle através do reconhecimento do estado de calamidade pĂșblica", disse. Para o parlamentar, as intensas chuvas e mesmo queimadas, na época em que habitualmente são registradas, acontecem sazonalmente e diferem do momento vivenciado durante a fase mais crĂ­tica da pandemia.

O presidente da Casa de Leis, Gerson Claro (PP), reiterou que todos os pedidos chegam à ALEMS com os respectivos documentos e laudos, inclusive da Defesa Civil, atestando as justificativas relacionadas às solicitações. "A fala de negar o estado de calamidade pĂșblica é a fala contra a classe produtora de Mato Grosso do Sul", disse. Segundo ele, os próprios produtores pedem auxĂ­lio aos sindicatos rurais e prefeituras, para que encaminhem a solicitação à ALEMS.

Exemplificando, o presidente mostrou laudo da Secretaria de Obras e da Defesa Civil, referente à Batayporã. "Não posso negar a fé pĂșblica a essas entidades", enfatizou Gerson Claro. "Estamos ajudando os municĂ­pios e os produtores a escoarem a produção", complementou. Segundo ele, os próprios produtores pedem auxĂ­lio aos sindicatos rurais e prefeituras, para quem encaminhem a solicitação à ALEMS. Exemplificando, o presidente mostrou laudo da Secretaria de Obras e da Defesa Civil, referente à Batayporã, e eu não posso negar a fé pĂșblica a essas entidades", enfatizou Gerson Claro. Para o presidente, embora agilize os trâmites, o Decreto de Calamidade PĂșblica "não dispensa nenhum processo fiscalizador".

O deputado Zé Teixeira (PSDB) lembrou que o auxĂ­lio aos municĂ­pios é essencial e defendeu que os pedidos que chegam à Casa de Leis sejam ainda mais especĂ­ficos, detalhando o porquĂȘ da solicitação, conforme cada situação - considerando que o Decreto de Calamidade PĂșblica agiliza processos administrativos. O que, para ele, contribuirĂĄ para a maior eficĂĄcia do dispositivo legal aos referidos municĂ­pios.

O deputado Lidio Lopes (Patriota) lembrou que os decretos de calamidade pĂșblica foram amplamente utilizados durante a fase mais aguda da pandemia da Covid-19, em âmbitos federal, estadual e aos 79 municĂ­pios do Estado, e, embora representem agilidade em determinados processos às administrações das cidades, também traz restrições. "Temos que lembrar que existem as Câmaras Municipais e o Ministério PĂșblico, entre os agentes fiscalizadores, e também temos a competĂȘncia de fiscalizar [a Casa de Leis]. Os ordenadores de despesas estão sempre preocupados em dar celeridade às resolução das questões".

Saiba como foi a votação nesta quarta-feira clicando aqui.

Fonte: ALEMS

Comunicar erro

ComentĂĄrios