Acusado de matar vĂ­tima com deficiĂȘncia Ă© condenado a 31 anos de prisão pelo Tribunal do JĂșri de Ribas do Rio Pardo

O crime aconteceu na noite do dia 11 outubro de 2021 no 'Bar do Mineiro', em Ribas do Rio Pardo.

Por Redação em 08/10/2023 às 20:22:09
Foto: PC/MS

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Nesta última sexta-feira (6), José Ismael Limoeiro dos Santos, conhecido por "Lagoa", foi condenado a 31 anos de reclusão pelo Tribunal do Júri em Ribas do Rio Pardo, por ter cometido o crime de homicídio triplamente qualificado contra "Maninho", assim conhecido na cidade. O crime aconteceu na noite do dia 11 outubro de 2021 no "Bar do Mineiro", em Ribas do Rio Pardo.
Segundo restou apurado, "Lagoa" se envolveu em uma discussão com um outro cliente do bar e, muito nervoso, entrou em sua casa que fica logo em frente ao estabelecimento, pegou uma faca e retornou ao local. Ele se aproximou de um homem de 47 anos, conhecido por "Maninho", que estava sentado, e começou a atacĂĄ-lo com facadas de modo repentino.
De acordo com as testemunhas, o agressor estava visivelmente embriagado e sob o efeito de entorpecentes. Contudo, o homem atacado seria o "alvo errado", pois, antes de ir até a sua casa para se munir de arma branca, o réu na verdade havia discutido com outra pessoa que estava com camiseta muito semelhante.
"Lagoa" fugiu enquanto a vítima deu entrada no hospital da cidade, escapando de eventual prisão em flagrante. A vítima sofreu vĂĄrios ferimentos, inclusive na região do pulmão e da jugular, que lhe levou a óbito. Insta frisar, ainda, que a vítima tinha deficiĂȘncia no membro inferior direito.
A partir de então, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul instaurou inquérito policial para a cabal apuração dos fatos, sendo a investigação presidida pelo Delegado Bruno Santacatharina, atualmente lotado na 1ÂȘ DP da Capital, mas que à época era titular em Ribas do Rio Pardo.
A delegacia local realizou inúmeras diligĂȘncias com integração e apoio do DIP (Departamento de InteligĂȘncia Policial), do DPC (Departamento de Polícia da Capital), da DGPC (Delegacia Geral da Polícia Civil), do DRAP (Departamento de Recursos e Apoio Policial) e de outras unidade. Foram 4 meses de investigações para localizar o paradeiro do suspeito, sendo desenvolvidas diversas ações de inteligĂȘncia, que possibilitaram o levantamento de que "Lagoa" havia fugido para o Município de Pilar, no Estado de Alagoas, onde residiam seus familiares.
Diante disso, a autoridade policial representou e a Justiça decretou a prisão preventiva do investigado.
Ato contínuo, em ação integrada com a Polícia Civil de Alagoas, o suspeito foi preso naquele Estado em fevereiro de 2022.
Na mesma semana, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, contando com o irrestrito apoio da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP), providenciou aeronave oficial para que o delegado que presidia as investigações e sua equipe viajassem e efetuassem o recâmbio do preso, isso para que ele fosse prontamente responsabilizado, sem maiores delongas, pelos fatos gravíssimos de grande repercussão social naquela época.
As investigações foram concluídas com ĂȘxito e riqueza de detalhes, inclusive sendo feita a reprodução simulada dos fatos com o indiciado e testemunhas oculares, remetendo-se o procedimento policial à Justiça. O réu foi processado por homicídio triplamente qualificado, notadamente pelo motivo fútil, pelo meio cruel e pelo recurso que dificultou a defesa do ofendido.
Finalmente, na data de ontem (6), graças ao exímio trabalho investigativo da Polícia Civil e o entendimento do Poder JudiciĂĄrio, José Ismael Limoeiro dos Santos foi condenado a 31 anos de reclusão pelo Tribunal do Júri, com o reconhecimento de todas as qualificadoras. Família, populares e autoridades elogiaram o empenho da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, reconhecida nacionalmente pelo alto índice de esclarecimento de crimes contra a vida.]


Fonte: PC/MS

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