Filha e sobrinho do prefeito de Muniz Ferreira, Wellington Vieira (PSD) que "ostentam" nas redes sociais recebem "Coronavoucher"
O fato aconteceu em Muniz Ferreira BA
Crédito da foto: divulgação/Prefeitura de Muniz Ferreira
A filha e o sobrinho do prefeito de Muniz Ferreira, Wellington Vieira (PSD), foram beneficiados com o "Coronavoucher", auxĂlio emergencial dado em trĂȘs parcelas de R$ 600 (ou R$ 1.200) criado pelo Governo Federal para ajudar famĂlias carentes durante a pandemia do novo coronavĂrus.
As informações foram levantadas pela reportagem do Aratu On no Portal da TransparĂȘncia disponibilizado pela Controladoria-Geral da União. Clara Emanuele Vieira e VinĂcius Amado recebem o valor desde abril, quando o primeiro lote das parcelas começou a ser liberado pela Caixa Econômica Federal. Ela, na modalidade "mãe solteira", recebe R$ 1.200 por mĂȘs. JĂĄ o rapaz embolsa R$ 600.
Os dois são conhecidos no municĂpio, que fica a 207 km de Salvador, por "ostentarem" uma vida de luxo, com passeios a cavalos, jet ski, carros e viagens. Wellington foi procurado pelo Aratu On e disse não saber da solicitação.
Minha filha é mãe, estĂĄ desempregada e foi largada pelo ex-marido. Ela é maior de idade, independente, e estĂĄ se virando. Não respondo por ela, nem mandei ela fazer nada. O mesmo [vale] para meu sobrinho, que também não tem emprego. Eu sei que não pedi nada, nem vou pedir.
Clara Emanuele se separou do marido em 2018. Na época, ela usou as redes sociais para acusar o rapaz de agressão. O caso ganhou repercussão e indignação contra o homem, filho do prefeito de Salinas das Margaridas.
A solicitação por parte de familiares de uma autoridade pĂșblica, no entanto, não é crime. Perguntado sobre a questão moral do caso, Welligton citou o trabalho que tem feito na cidade de Muniz Ferreira e denunciou a famĂlia do seu concorrente à reeleição neste ano, Professor Gileno.
A famĂlia dele também pediu auxĂlio emergencial, o irmão e a cunhada estão envolvidos nisso.
Apenas os dados do irmão do pré-candidato foram encontrados.
Fonte: O Observador independente