Ramírez, do Bahia, dá sua versão sobre acusação de racismo feita por Gerson; assista

Por Redação em 22/12/2020 às 11:41:05

O colombiano Indio Ramírez, do Bahia, gravou um vídeo para a TV do clube nesta segunda-feira, 21, negando a acusação de racismo feita por Gerson, do Flamengo, na partida do último domingo, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. O jogador afirma que apenas pediu para o atleta "jogar rápido". Durante o depoimento divulgado pelo próprio clube, Ramírez diz que "em nenhum momento foi racista com Gerson, nem com qualquer outra pessoa". "Acontece que quando fizemos o segundo gol botamos a bola no meio do campo para sair rapidamente e disse ao Bruno Henrique: "jogue rápido, por favor", "vamos irmão, jogar sério". Aí ele joga a bola para trás e o Gerson, não sei o que me fala, eu não compreendo muito o português. Não compreendi o que me disse e falei "joga rápido, irmão'", explica.

Na sequência, o atleta do Bahia afirma que pode ter sido mal compreendido por Gerson. "Não sei o que ele entendeu, o que ele ouviu. Ele jogou a bola e passou a me perseguir sem eu entender o que estava acontecendo. Dei a volta por trás porque não queria entrar em briga com ninguém e depois ele sai falando que eu falei "cale a boca, negro" falando português quando eu realmente não falo português."

Leia também

Bahia anuncia Dado Cavalcanti como substituto de Mano Menezes

Áudio vaza e revela fala de Mano Menezes após Gerson ser alvo de racismo em jogo; confira

Ramírez, Mano Menezes e árbitro são intimados a depor sobre o caso de injúria racial no jogo Flamengo x Bahia

Ramírez também ressalta que está há pouco tempo Brasil e não concorda com as acusações. "Isso não é bem visto em nenhuma parte do mundo e sabemos que todos somos iguais e em nenhum momento falei isso e menos ainda usei essa palavra". O inquérito sobre o caso foi aberto nesta segunda-feira. Os dois atletas, além do técnico Mano Menezes e o árbitro da partida, foram intimados a dar depoimento presencial sobre o episódio. Gerson será o primeiro a ser ouvido na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), do Rio de Janeiro.

Fonte: Gazeta

Comunicar erro

Comentários