Nesta quarta-feira (16) a CPI Energisa terĂĄ um dia decisivo. Isso porque o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul irĂĄ decidir se mantém ou não a liminar que a empresa de energia impetrou para impedir que a aferição dos 200 relógios coletados na CPI Energisa sejam periciados na USP/São Carlos (Universidade de São Paulo), considerada uma das melhores faculdades do Brasil.
"Acreditamos na decisão da Justiça e temos total confiança na capacidade técnica, qualificação e idoneidade da USP/São Carlos para fazer a aferição dos relógios. Esperamos que a Justiça permita que possamos prosseguir com os trabalhos de aferição e que a população possa enfim ter as respostas esperadas", diz o relator da CPI, Deputado Capitão Contar.
A empresa alegou na liminar, que a USP não é acreditada pelo Inmetro (AgĂȘncia Nacional de Metrologia) para fazer a aferição dos relógios. Entretanto, o próprio Inmetro encaminhou manifestação à relatoria da CPI defendendo não ser obrigatório ser acreditado para fazer essa aferição, o que foi anexado como documento nos autos do processo.
Não é de hoje que a população questiona valores abusivos da conta de energia e a prestação de serviço realizada pela concessionĂĄria Energisa. A CPI foi criada com o propósito de investigar essas supostas irregularidades, escolhendo os relógios para aferição, através das milhares de reclamações existentes no Procon/MS.
A situação deve se agravar ainda mais, pois, além dos reflexos econômicos da pandemia de Covid-19, estamos segundo especialistas, na iminĂȘncia da pior crise hĂdrica na região das hidrelétricas dos Ășltimos 91 anos e o acionamento das usinas termelétricas para garantir o fornecimento de energia irĂĄ fazer com que, a Aneel (AgĂȘncia Nacional de Energia Elétrica) aumente os valores das bandeiras tarifĂĄrias. A bandeira mais alta desse sistema, a bandeira vermelha 2, deve subir mais de 20%.
Confira a transmissão da sessão aqui.
https://www5.tjms.jus.br/institucional/plenarios-virtuais.php
Fonte: Assessoria de imprensa