Mulher afirma ter sido estuprada em delegacia do MS

Os abusos teriam acontecido na delegacia de Sidrolândia e o suspeito já foi preso

Por Redação em 21/04/2022 às 18:33:37
O investigador foi preso após denúncias de outros detentos a uma delegada Foto: TV Morena

O investigador foi preso após denúncias de outros detentos a uma delegada Foto: TV Morena

A mulher de 28 anos afirma ter sido estuprada por um investigador de Polícia Civil, na delegacia de Sidrolândia. Em entrevista para TV Morena, nesta quarta-feira (20) ela disse que "já estava pagando pelo que eu fiz, não precisava passar por isso".

Segundo a reportagem, mulher contou que era ameaçada pelo policial para que não falasse a ninguém sobre os abusos e que estes teriam começado no dia em que foi presa. "À noite".

"Ele me ameaçou, disse que se eu contasse para alguém, ele ia me achar onde eu estivesse, porque eu não sou daí (de Mato Grosso do Sul)", afirmou a vítima que já não está mais no estado. "Eu só conseguia chorar, não tinha mais o que fazer. Eu estava com medo e nervosa". "Pedia pra ele parar, eu só conseguia chorar, mas ele mandava eu ficar calada".

De acordo com a mulher, após o último estupro, no dia 11 de abril, o qual teria acontecido na Sala Lilás, espaço destinado a atendimento de vítimas de violência doméstica, a colega de cela dela contou a outros presos sobre o ocorrido e foi então que a situação veio à tona. "Eu espero justiça, que ele pague pelo que fez".

O caso
O investigador suspeito dos estupros relatados pela mulher foi preso dia 12 de abril, após denúncias de outros detentos a uma delegada.

Conforme o boletim de ocorrência, os detentos, que haviam tido o silêncio "comprado" com um celular, solicitaram a presença de uma delegada da cidade. O grupo afirmava estar com um celular, o que chegou a ser questionado por policiais, mas só foi esclarecido após a chegada da delegada.

Para ela, os detentos disseram ter escutado a vítima chorando na noite anterior, ocasião em que ela revelou ter sido abusada sexualmente pelo investigador.

Os detentos disseram que questionaram o suspeito sobre o estupro, e o investigador disse que nada havia acontecido. Ainda segundo os detentos, o servidor alegou que a presa estava menstruada, por isso, foi retirada da cela.

A mulher recebeu alvará de soltura no dia 13 de abril, após a prisão preventiva dela ser revogada. A decisão foi tomada pela Justiça de Sidrolândia para "resguardar a integridade física e psicológica" da vítima.

Fonte: O Pantaneiro

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