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Presidente da Petrobras renuncia ao cargo em meio a pressão por alta nos combustíveis


O presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, renunciou ao cargo na manhã desta segunda-feira, 20. O anúncio foi divulgado pela estatal em um comunicado oficial sobre a mudança na administração de empresa. “O senhor José Mauro Coelho pediu demissão do cargo de presidente da empresa na manhã de hoje. A nomeação de um presidente interino será examinada pelo Conselho de Administração da Petrobras a partir de agora. Fatos considerados relevantes serão prontamente comunicados ao mercado”, diz o documento. No último sábado, 18, passou a vigorar um novo aumento na gasolina, de 5,2%, e no diesel, de 14,3%, aplicado pela estatal para reduzir a defasagem existente entre o preço aplicado nos mercados interno e externo. O governo pressiona pela redução nos valores nas bombas.

Depois dos últimos aumentos nos preços dos combustíveis, o governo federal e a sua liderança na Câmara dos Deputados passou a pressionar intensamente a Petrobras por uma mudança. Os deputados defendem a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar a política de preços da estatal, que atualmente iguala os valores do mercado interno aos praticados internacionalmente, tomando como base o câmbio do dólar e o preço do barril do petróleo do tipo brent. Na terça-feira, 14, o Congresso Nacional aprovou um projeto que impôs um teto de 17% na cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pelos Estados sobre os combustíveis. O presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a dizer que a medida poderia reduzir até R$ 2 o litro da gasolina e em R$ 1 o do diesel. Entretanto, os novos aumentos impactam diretamente o resultado final esperado pelo governo federal.

Ainda na sexta-feira, 17, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nas redes sociais que iria se reunir nesta segunda-feira, 20, com lideranças para discutir a situação. “Em relação à Petrobras, só um ponto: chegou a hora da verdade”, escreveu. No último domingo, 19, ele deu continuidade às duras críticas à Petrobras e sua atual política de paridade de preços internacionais (PPI) em um artigo publicado no jornal Folha de São Paulo. “O fato de a Petrobras ter hoje sua presidência sequestrada por um presidente ilegítimo, que não representa o acionista majoritário [a União] e pratica o terrorismo corporativo como vingança pessoal contra o presidente da República, é apenas o cúmulo do absurdo dos paroxismos que tomaram conta da empresa”, escreveu Lira.

JP

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