Curitibano que teve varíola dos macacos relata sintomas: "foram três semanas de muita febre e dor"

Por Redação em 26/08/2022 às 12:55:43

O contador Thiago Leite foi um dos 84 curitibanos que, até agora, contraíram Monkeypox, popularmente conhecida como varíola dos macacos. De acordo com o último boletim epidemiológico da doença, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde na quarta-feira (24), o Paraná tem 105 casos confirmados, a maioria na capital.

varíola dos macacos
Divulgação

O contador havia acabado de passar férias em Nova York, quando descobriu a enfermidade. Ele chegou ao Brasil em um domingo e três dias depois começaram os primeiros sintomas.

“Quando foi na quinta-feira começou me dar febre alta e inguas doloridas na virilha. Tomei remédio achando que era um resfriado de praxe, só que não passou. A febre foi persistente e, na sexta-feira, eu percebi que começaram a sair muitas feridas na genital, feridas doloridíssimas. Eu fui até o hospital, a médica de plantão analisou e verificou que não era nenhuma IST (Infecção Sexualmente Transmissível). Ela então enviou fotos para infectologista que, de imediato, suspeitou que era varíola dos macacos”, disse.

Thiago passou por exames, que confirmaram se tratar de Monkeypox. O curitibano relatou que foram semanas sofrendo com os sintomas.

“Passei praticamente quase três semanas com muita febre e muita dor. As feridas na genital só pioraram e no corpo, graças a Deus, saíram só duas, mas foram dias terríveis. O tratamento foi basicamente com antibiótico e medicamentos para dor, porque não tem vacina ou remédio específico no Brasil ainda. Ao longo dos dias, ali pela quarta semana, as feridas secaram, a febre diminuiu e a dor foi embora”, contou.

Os principais sinais são dores musculares e na cabeça, calafrios, febre alta e persistente, e inchaço dos gânglios.

A infectologista do Hospital Marcelino Champagnat, Camila Ahrens, recomenda procurar atendimento médico o quanto antes. Além da medicação, é preciso isolamento de sete dias.

“As lesões podem elevar a um quadro mais grave: pneumonia, pode ter uma tosseo ou dificuldade para respirar. Há a questão de uma infecção mais grave, alteração de comportamento e infecção da córnea, com perda de visão”, explicou.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a transmissão do vírus ocorre pelo contato próximo com uma pessoa infectada. Também é possível contrair o vírus por meio de secreções respiratórias, fluídos corporais, ou objetos, tecidos e superfícies utilizadas pela pessoa contaminada.

“Muitos acreditam que a transmissão se dá apenas pela atividade sexual, mas beijo, massagem e esportes corpo a corpo com as pessoas que têm as lesões, também podem transmitir o monkeypox”, frisou a infectologista.

Vacinas contra varíola dos macacos

A expectativa é que as vacinas contra a Monkeypox cheguem ao Brasil no mês de setembro em três lotes. As doses serão direcionadas aos profissionais da saúde que tenham contato direto com pacientes infectados. Ao todo, 25 mil pessoas serão imunizadas, considerando que são necessárias as aplicações de duas doses para completar o ciclo vacinal.

As unidades serão produzidas pelo laboratório Bavarian Nordic, que disponibilizou 100 mil doses para a América Latina

Fonte: Banda B

Tags:   Saúde
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