Corpo de Bombeiros solicita que protocolo de atendimento aos autistas seja usado em nĂ­vel nacional

No evento foi discutido a necessidade de um procedimento padrão para atender este pĂșblico, que precisa de uma abordagem diferente.

Por Redação em 04/11/2022 às 19:36:13
Foto: Bruno Rezende

Foto: Bruno Rezende

O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul enviou um ofĂ­cio ao Ministério da Justiça solicitando que o protocolo de atendimento aos autistas, em caso de ocorrĂȘncias de salvamentos, acidentes e até incĂȘndios, seja utilizado pelas forças de segurança em nĂ­vel nacional.

Esta foi uma das ações firmadas após o 1° SeminĂĄrio Atendimento Integrado à Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, que ocorreu durante dois dias, no auditório da Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande. No evento foi discutido a necessidade de um procedimento padrão para atender este pĂșblico, que precisa de uma abordagem diferente.

"Decidimos enviar este documento para que este protocolo aos autistas seja usado em nĂ­vel nacional, em todos os estados pelas forças de segurança. Um procedimento que farĂĄ a diferença tanto na abordagem, como nas ações que devem ser tomadas em diferentes situações", descreveu o coordenador do evento, Max Tosta, que é aspirante a Oficial do Corpo de Bombeiros.

O protocolo de atendimento aos autistas surgiu em Santa Catariana, jĂĄ é usado no ParanĂĄ e estĂĄ hĂĄ um mĂȘs em vigor no Corpo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul. "Representantes da PolĂ­cia Civil e Militar, assim como da Agepen, participaram do evento e vão discutir a implantação do procedimento em suas corporações", adiantou Tosta.

O seminĂĄrio contou com palestras, depoimentos e debates com representantes das forças de segurança do Estado, autoridades do poder pĂșblico e de entidades da sociedade civil, que reconheceram a necessidade de ter um procedimento especĂ­fico para este pĂșblico, que vão dispor de um atendimento especializado.

Max explicou que a abordagem a pessoa com autismo deve ser diferente. "Por exemplo se ela tiver perdida, não adianta usar megafone, assim a pessoa (autista) não vai querer ser vista. Em caso de incĂȘndio, o autista busca se esconder, muitas vezes debaixo da mesa e não fugir do local. Em acidentes tem que evitar sirenes e muito barulho, a pessoa pode entrar em uma crise, principalmente se tiver machucada".

Leonardo Rocha, Subcom

Fonte: Gov. MS

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