Flamengo rebate críticas de Bandeira de Mello sobre incêndio no Ninho

Por Redação em 21/04/2020 às 21:38:09

A atual diretoria do Flamengo rebateu as críticas feitas pelo ex-presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, sobre o incêndio no centro de treinamento Ninho do Urubu. Em comunicado, o rubro-negro enumerou os motivos que fizeram com que o dirigente também fosse indiciado no caso que investiga a tragédia que vitimou dez jovens jogadores das divisões de base em fevereiro de 2019, e feriu dois. Na época, a gestão de Bandeira de Mello havia se encerrado há poucos meses.

Em resposta a declaração de que o incêndio "não teria acontecido" na sua gestão, atual diretoria divulgou uma carta assinada pelo presidente, Rodolfo Landim, e outros diretores, como o presidente do Conselho Deliberativo, Antônio Alvides Pinheiro da Silva, o presidente do Conselho de Administração, Bernardo Amaral do Amaral, o presidente do Conselho de Grandes Beneméritos, Moysés Saul Akerman, o presidente do Conselho Fiscal, Sebastião Pedrazzi e pelo presidente da Assembleia Geral do clube, Marcelo Conti Baltazar.

O documento lembra que Bandeira de Mello rejeitou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) proposto pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, diante da piora na qualidade das instalações onde os jogadores ficavam alojados. Além disso, citam problemas estruturais no Ninho do Urubu já elencados pelo MP.

"A linha de atuação desinteressada do ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello é corroborada nos autos do inquérito civil instaurado pelo MP em 2015, quando naquela oportunidade se recusou a assinar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que fosse regularizada a situação precária dos atletas da base do Flamengo, mesmo tendo admitido o não cumprimento de uma série de condições relacionadas na vistoria", afirma o documento.

"Não é crível que o ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello, no período de 24 de outubro de 2017 a 31 de dezembro de 2018, num assunto de extrema relevância para o Flamengo (construção do Ninho do Urubu), considerado estratégico para o futebol profissional e da base, tivesse deixado de tomar conhecimento da interdição do CT e dos consequentes autos de infração, tendo preferido este dirigente com domínio final do fato ignorar as determinações estatais, as quais, caso tivessem sido atendidas, teriam poupado as vidas dos jovens atletas", continua trecho da nota, citando parte do processo que levou ao indiciamento de Bandeira de Mello.

Em sua defesa, a gestão de Landim cita os avanços estruturais ocorridos no NInho desde então, lembrando a obtenção do alvará provisório de funcionamento e a aprovação do Corpo de Bombeiros.

A administração garante que não quer responsabilizar Bandeira de Mello pelas mortes. "Por fim, a atual gestão, apoiada por seus presidentes de poder, esclarece que não está acusando o ex-presidente Bandeira de Mello de ser o responsável pela tragédia, mas apenas relatando os fatos apurados pela autoridade policial, conforme expostos no processo, para melhor compreensão de suas próprias alegações perante a imprensa carioca, bem como para demonstrar as correções de gestão e as legalizações realizadas pela atual administração", diz.

* Com Estadão Conteúdo

Fonte: Gazeta

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