App tem idade mínima para criar contas. Entre 1º de janeiro e 31 de março, mais de 61 milhões de vídeos foram retirados do TikTok ao redor do mundo; campeão de remoções são os Estados Unidos, seguido do Paquistão e Brasil. Ícone do aplicativo TikTok.
AP Photo/Kiichiro Sato
O TikTok, aplicativo de sucesso entre jovens e adolescentes, divulgou nesta quarta-feira (30) dados de seu relatório de transparência do 1º trimestre de 2021, que traz números sobre remoções de conteúdos que desrespeitam as regras da plataforma.
Essa é a primeira vez que o relatório apresenta dados trimestrais – antes, o documento era liberado a cada seis meses.
Também pela primeira vez, o aplicativo revelou o número de contas suspeitas de menores de 13 anos que foram removidas. Segundo o relatório, foram 11,1 milhões de contas foram removidas.
Dessas, 7,2 milhões eram contas suspeitas de terem sido abertas por menores abaixo da idade mínima – ou 65% do total.
No início de 2021, o TikTok anunciou alterações em suas configurações de privacidade para menores de 18 anos. Uma das mudanças é que as contas de usuários com idade entre 13 e 15 anos passaram a ser padronizadas como privadas.
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O Brasil aparece como o 3º país com mais vídeos removidos da rede social durante o período. Foram 6,1 milhões de materiais retirados por violação das diretrizes ou termos de serviço da plataforma.
Entre 1º de janeiro e 31 de março, o total de 61.951.327 vídeos foram removidos do TikTok ao redor do mundo. A companhia diz que isso representa menos 1% de todos os conteúdos carregados no serviço. A lista dos 5 países com mais vídeos apagados ficou com:
Estados Unidos: 8.540.088 remoções
Paquistão: 6.495.992 remoções
Brasil: 6.128.568 remoções
Rússia: 3.747.364 remoções
Índia: 2.757.292 remoções
Os principais motivos para os vídeos saírem do ar foram "segurança de menores" (36,8% dos casos) e "atividades ilegais e mercadorias regulamentadas" (21,1%), o que inclui drogas, tabaco, álcool e outras substâncias controladas ou bens regulamentados.
Quanto ao momento da remoção dos vídeos, a empresa explicou que:
91,3% foram tirados do ar antes de um usuário reportá-los;
81,8%, antes de receberem qualquer visualização;
93,1%, em menos 24 horas após serem publicados.
No 2º semestre de 2020, entre os meses de julho e dezembro, a porcentagem dos conteúdos retirados antes de receberem qualquer visualização foi de 83,3%, enquanto a porcentagem de remoções em 24 horas foi de 93,5%.
Quais as violações dos vídeos apagados?
O relatório também detalhou as violações cometidas nos mais de 9,5 milhões de publicações apagadas no mundo todo; não houve detalhamento para cada país. Veja os motivos mais comuns:
Segurança de menores: 36,8%;
Atividades ilegais e mercadorias regulamentadas: 21,1%;
Nudez e atividades sexuais de adultos: 15,6%;
Conteúdo violento e explícito: 8,1%;
Assédio e bullying: 8%;
Suicídio, autolesão e atos perigosos: 5,7%;
Comportamento de ódio: 2,3%;
Integridade e autenticidade: 2%;
Extremismo violento: 0,5%.
Veja mais detalhes do relatório de transparência do TikTok do 2º semestre de 2020:
Anúncios: além das contas e dos vídeos, 1.921.900 anúncios foram rejeitados por violar políticas e diretrizes de publicidade.
Apelações: os criadores de conteúdo podem apelar das exclusões da plataforma. Utilizando deste direito, 2.833.837 de vídeos foram restabelecidos após reclamações.
Remoção automática de vídeos: a empresa disse que 8.832.345 vídeos foram sinalizados e removidos automaticamente.
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