Dario Teixeira Alves Junior foi solto após a decisão do STF que derrubou a prisão em segunda instância. Ele foi condenado por envolvimento em esquema de corrupção na Petrobras. Penitenciária de Tremembé (SP)
Reprodução/EPTV
Condenado em uma das ações da Lava Jato, o economista Dario Teixeira Alves Junior deixou a Penitenciária 2 de Tremembé na noite desta quarta-feira (4). Ele cumpria pena em regime semiaberto e foi colocado em liberdade após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que derrubou a prisão em segunda instância.
Dario Teixeira Alves Junior deixou a penitenciária por volta de 20h30. O alvará de soltura foi expedido na quarta-feira após decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
O economista foi condenado a seis nos e nove meses de prisão por lavagem de dinheiro e associação criminosa em um esquema de corrupção na Petrobras - ele foi condenado na mesma ação que Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT.
Segundo Ministério Público Federal, o esquema na estatal permitiu o desvio de recursos públicos a partir de obras. As empresas que compunham o chamado "Clube de Empreiteiras" acordavam quem seriam as vencedoras das licitações e, para garantir o sucesso do acordo, corrompiam agentes públicos.
A ação é resultado da 10ª fase da Lava Jato - foi nessa fase que a Força-Tarefa identificou o uso de doações oficiais para disfarçar o recebimento propina.
O G1 procurou o advogado de defesa de Dario e aguarda retorno.
Irmão de Dirceu
O irmão do ex-ministro José Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, preso na Lava Jato, deixou a penitenciária 2 de Tremembé (SP) na terça-feira (3).
Luiz Eduardo foi condenado a dez anos e seis meses de prisão em regime fechado por lavagem de dinheiro e organização criminosa. De acordo com a apuração, ele atuava como auxiliar do ex-ministro no esquema de irregularidades em contratos com empresas terceirizadas na Petrobras.
Segundo Sérgio Moro, juiz à época, e que atuou no caso, o irmão de Zé Dirceu admitiu à Polícia Federal que recebeu pagamentos mensais de R$ 30 mil em dinheiro, em espécie, do lobista Milton Pascowitc.
Luiz Eduardo de Oliveira e Silva foi preso em Ribeirão Preto e transferido para Tremembé em fevereiro de 2018. Ele foi condenado em maio de 2016 a oito anos e nove meses de prisão em regime fechado por lavagem de dinheiro e organização criminosa. A pena foi aumentada para 10 anos, seis meses e 23 dias pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em setembro de 2017.