Mortes de gestantes por Covid-19 aumentam quase seis vezes no ParanĂĄ, aponta estudo

Por Redação em 10/11/2021 às 11:40:06

Em Curitiba, foram nove mortes de gestantes em 2021, acréscimo de 700%, ou seja, oito vezes maior que em 2020, quando foi registrado um óbito.

Para o médico Bernardo Almeida, especialista em ginecologia e obstetrícia, o aumento no número de óbitos de gestantes está diretamente relacionado ao agravamento da pandemia.

“A grande circulação do vírus no Brasil, principalmente em 2021 que foi o pior ano da pandemia, consequentemente afetou as gestantes, que tendo a infecção, uma parcela acabou internando e indo a óbito”, disse à Banda B.

Nos picos da pandemia, as gestantes, assim como boa parte da população, tiveram dificuldades no atendimento hospitalar. No ano passado, por exemplo, três das 19 vítimas do coronavírus não conseguiram vaga em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Já em 2021, 18 mulheres que precisaram de UTI não conseguiram ser internadas.

“O Brasil tem uma das piores taxas de mortalidade materna do mundo, se comparado a outros países desenvolvidos. O Sars-Cov-2 que é o vírus que causa a Covid é mais grave em gestantes, já é uma questão séria para população em geral, mas grávidas têm uma chance maior de infecção, principalmente no terceiro trimestre de gravidez”, afirmou Almeida.

Segundo o médico, a gestação conta como fator de risco relacionado ao coronavírus.

“Em alguns países da América Latina, o coronavírus passou a ser a principal causa de morte materna. Aqui no Brasil não chegou a isso, mas foi um complicador a mais dentro dos pré-existentes”, ressaltou

O especialista cita que as vacinas ajudaram a frear os números de infecções e óbitos. Os imunizantes recomendados para as gestantes são da Pfizer e a CoronaVac.

“Não há relato de efeitos colaterais relacionado a nenhuma das vacinas, mas só podem ser administradas aquelas que têm uma certa comprovação para uso em gestantes”, explicou.

Fonte: Banda B

Tags:   Saúde
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