Programa beneficiará famílias de baixa renda no tratamento de cães com leishmaniose

De autoria do deputado João Henrique, é destinado a tutores que comprovarem renda de até três salários mínimos

Por Cristina Medeiros em 19/11/2021 às 10:48:14
De. João Henrique/Foto: Assessoria

De. João Henrique/Foto: Assessoria

Até o pote para colocar a ração é motivo de sofrimento para a dona de casa Maria Juracy. O utensílio ainda está no mesmo local no quintal e a faz lembrar da sua cachorra Lili, sacrificada após ser diagnosticada com leishmaniose. A enorme tristeza é intensificada pelo fato de a família não ter conseguido salvá-la por não poder arcar com os custos do tratamento, pois apenas o marido trabalha e ganha pouco.

Grande defensor da causa animal e sensibilizado com casos como este, o deputado João Henrique (PL) protocolou ontem (18.11), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o projeto de lei que cria o Programa Bem-Estar Animal para Tratamento de Leishmaniose em Mato Grosso do Sul, destinado a tutores de baixa renda. Serão beneficiados aqueles que comprovarem renda familiar de até três salários mínimos

Pela proposta, os tutores de baixa renda que estiverem cadastrados no programa e optarem por tratar o animal com leishmaniose receberão os medicamentos necessários, exames e avaliações clínicas oferecidas pelo programa estadual.

"Por se tratar de uma questão de saúde pública, o diagnóstico da leishmaniose canina era praticamente uma sentença de morte até pouco tempo atrás, levando o animal ao sacrifício. Mas em 2016 o Ministério da Saúde mudou a orientação e hoje sabemos que é possível tratar o animal, com resultados muito positivos. Porém, muitas pessoas não têm condições financeiras de pagar os valores do tratamento e este projeto vem justamente para ajudá-las a ter este acesso", explica o deputado.

A leishmaniose é uma doença parasitária relativamente comum em países tropicais, como o Brasil, que afeta principalmente cachorros.

"É preciso dar total atenção a este tipo de situação, já que o tratamento é caro, longo, requer muito cuidado e intenso acompanhamento veterinário por muito tempo, tornando-se inviável para estes tutores sul-mato-grossenses. Ao ser tratado, o cachorro não apresentará lesões e viverá como se fosse um animal saudável, podendo conviver normalmente com outros cachorros bem como com humanos sem o risco de contaminá-los".

A secretaria estadual responsável pela execução do programa organizará a execução em todos os municípios do Estado.O programa será regulamentado pelo Poder Executivo.

Fonte: Cristina Medeiros - Assessoria de Comunicação

Comunicar erro

Comentários