A senadora Soraya Thronicke (MS), em discurso na tribuna do Senado, nesta quinta-feira (10), lamentou os altos Ăndices de feminicĂdio no Brasil e disse que o Legislativo tem a obrigação de buscar soluções urgentes para o combate a esse tipo de crime. A senadora pediu prioridade na votação de projetos de lei que garantam mais proteção às mulheres vĂtimas de violĂȘncia doméstica. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança PĂșblica mostram que a cada seis horas e meia uma mulher é morta no Brasil, colocando o paĂs em quinto lugar no ranking mundial de crimes dessa natureza.
Em Mato Grosso do Sul, estado da parlamentar, jĂĄ foram registrados oito casos de feminicĂdio só em 2022 – uma média de uma morte a cada cinco dias. O crime mais recente ocorreu nesta terça-feira (8), na cidade de Costa Rica (MS). Luana Alves Furtado, de 29 anos, foi morta a facadas e o principal suspeito é o namorado, que estĂĄ foragido. "Como mulher isso dói profundamente na nossa alma. Me dói como mãe também, como ser humano. É difĂcil até expressar em palavras porque, neste momento, uma mulher pode estar sendo morta em nosso paĂs de forma brutal apenas por ser mulher", afirmou a parlamentar.
De acordo com Soraya Thronicke, o Parlamento brasileiro e a bancada feminina não se esquivarão de lutar por mais proteção às mulheres do paĂs. A senadora pediu agilidade na aprovação dos projetos de lei de sua autoria voltados ao tema. O PL 2.450/2019, prevendo que tanto o advogado ou o policial poderão dar ciĂȘncia ao agressor de medida protetiva de urgĂȘncia, agilizando, assim, a comunicação da intimação. Também o PL 1.813/2021, que estabelece a criação, pelo poder pĂșblico, de curso de defesa pessoal para mulheres em situação de violĂȘncia doméstica e familiar. Por Ășltimo, a senadora citou o PL 1.928/2021, dispondo sobre a comercialização, aquisição, posse e porte de spray de pimenta e armas de eletrochoque para defesa pessoal, em todo território nacional.
"Ao saber desses nĂșmeros nós nos sentimos desprotegidas diante de tanta impunidade, mas, como parlamentar, representante das mulheres com muito orgulho, quero manifestar minha indignação e, principalmente, dizer que vocĂȘs todas não estão sozinhas. Nós, parlamentares, temos como obrigação fazer algo mais efetivo para proteger essas mulheres", finalizou a senadora pelo Mato Grosso do Sul.
Fonte: Assessoria de Imprensa Senadora Soraya Thronicke