Janeiro Verde: SES capacita e fortalece atenção primĂĄria contra o câncer do colo do Ăștero

Em Mato Grosso do Sul, a estimativa Ă© que ocorra 320 novos casos para cada 100 mil mulheres.

Por Redação em 30/01/2023 às 19:29:53

A vida da mulher moderna se tornou diferente da época de suas avós. Atualmente, as mulheres tĂȘm se destacado no mercado de trabalho e, cada vez mais, conquistado a independĂȘncia financeira e social. Com o ritmo acelerado, acabam deixando para depois os cuidados com a saĂșde. É justamente neste sentido que a SES (Secretaria de Estado de SaĂșde) de Mato Grosso do Sul realiza a campanha Janeiro Verde, com o objetivo de alertar e conscientizar a população, em especial as mulheres, sobre o câncer do colo do Ăștero.

Segundo dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer), o câncer do colo do Ăștero é o terceiro mais incidente na população feminina brasileira. Para o ano de 2023 foram estimados 17.010 novos casos para cada 100 mil mulheres. Em Mato Grosso do Sul, a estimativa é que ocorra 320 novos casos para cada 100 mil mulheres.

Diante deste diagnóstico, a Secretaria de Estado de SaĂșde, por meio da GerĂȘncia de Atenção à SaĂșde da Mulher e à Pessoa em Situação de ViolĂȘncia, tem procurado reverter estes Ă­ndices preocupantes e oferecido, periodicamente, a capacitação de profissionais de saĂșde dos 79 municĂ­pios do Estado, visando o fortalecimento e a qualificação da Rede de Atenção PrimĂĄria com foco na prevenção e na promoção da saĂșde da mulher, além de cuidados para evitar o câncer do colo do Ăștero.

"A conscientização e sensibilização das usuĂĄrias do SUS começa com os profissionais de saĂșde e gestores que podem ser grandes facilitadores para a disseminação do conhecimento acerca do câncer do colo do Ăștero, fazendo com que estas usuĂĄrias do SUS possam buscar o atendimento devido nas unidades de saĂșde de seus municĂ­pios. LĂĄ, elas poderão fazer os procedimentos necessĂĄrios para o rastreio do câncer do colo do Ăștero", destaca a gerente da Atenção à SaĂșde da Mulher e à Pessoa em Situação de ViolĂȘncia da SES, Francielly Rosiani da Silva.

O câncer do colo do Ăștero inicia com presença de lesões nos tecidos ao redor do colo uterino, logo após infecções persistentes. É caracterizada como uma lesão com presença de alteração celular que tem como agente causador alguns tipos de PapilomavĂ­rus Humano (HPV) oncológicos, se estendendo para toda região vaginal, do reto e bexiga.

"A principal forma de prevenção, entretanto, é a vacina contra o HPV. O Ministério da SaĂșde implementou no calendĂĄrio vacinal, em 2014, a vacina tetravalente contra o HPV para meninas, e em 2017 para meninos. Ambos de 9 a 14 anos, visto que sua eficĂĄcia aumenta, se usada antes do inĂ­cio da vida sexual. Para mulheres com imunossupressão, vivendo com HIV/Aids, transplantadas e portadoras de cânceres, a vacina é indicada até 45 anos de idade", recomenda a enfermeira da SES, Nayara Niz Barcelos.

A vacina protege contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Subtipos estes que causam verrugas genitais e são responsĂĄveis por 70% dos casos de câncer do colo do Ăștero. Vale ressaltar que a vacina, em mulheres acima de 25 anos, não exclui a necessidade da coleta de preventivo regularmente.

Além do HPV, entre os principais fatores de risco do câncer de colo do Ăștero estão mĂșltiplos parceiros, inĂ­cio precoce da vida sexual, histórico familiar, tabagismo, o uso prolongado de anticoncepcionais e imunossupressores.

Sintomas

A doença é silenciosa em seu inĂ­cio e sinais e sintomas como sangramento vaginal, corrimento e dor aparecem em fases mais avançadas da doença. Por isso, realizar periodicamente o Papanicolau – exame preventivo – para a identificação precoce de lesões reduz significativamente as chances de a mulher desenvolver o câncer de colo do Ăștero e, quando diagnosticado na fase inicial, as chances de cura do câncer cervical são expressivas.

Tratamento

O tratamento para cada caso deve ser avaliado e orientado por um médico especialista. O estĂĄgio da doença, o tamanho do tumor, a idade da paciente e preservação da fertilidade são fatores a serem considerados. São condutas especĂ­ficas que vão desde a cirurgia somente ou, nos casos mais graves, a quimioterapia ou a associação das duas, se necessĂĄrio.

Assessoria de Comunicação da SES

Fonte: Gov. MS

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