Rodoviários entram em greve na Grande Vitória

Paralisação de parte da frota começou às 0h desta segunda-feira (3). Justiça determinou que 70% da frota circule nos horários de pico.

Por Redação em 03/12/2018 às 22:14:48
Ônibus do Sistema Transcol - Foto: Oliveira Alves/Arquivo TV Gazeta

Ônibus do Sistema Transcol - Foto: Oliveira Alves/Arquivo TV Gazeta

Os rodoviários começaram uma greve de ônibus na Grande Vitória nesta segunda-feira (3). Cerca de 650 mil pessoas são atendidas pelo transporte público na região todos os dias.

A categoria cobra um reajuste de 4% no salário e já rejeitou os 3% proposto pelos sindicato das empresas. Os rodoviários também pedem tíquete alimentação e melhorias no plano de saúde. 

Transtornos

Mesmo com 70% da frota circulando no horário de pico, segundo o Sindirodoviários, moradores têm reclamado de ônibus lotados e atrasados no início da manhã desta segunda.

Há relatos de moradores que esperaram mais de uma hora para conseguir chegar ao Terminal de Vila Velha. 

Terminal de Vila Velha, no Espírito Santo, nesta segunda-feira (3) �- Foto: Luciney Araújo/ TV Gazeta

A doméstica Maria Aparecida de Jesus Santos, de 42 anos, mora em Nova Bethânia em Viana e costuma sair de casa às 6h e chegar no terminal às 6h20, mas nesta segunda ficou acordada desde as 4h para monitorar se os ônibus estavam passando. Ela conseguiu chegar no terminal só as 7h20.

Determinação

Após o anúncio da greve, a Justiça determinou que 70% dos ônibus rodem no horário de pico (6h às 9h e 17h às 20h), e 50% nos outros horários.

Em caso de descumprimento, o Sindicato dos Rodoviários está sujeito a pagar uma multa diária de R$ 200 mil.

O presidente do Sindicato dos Rodoviários do Estado, José Carlos Sales Cardoso, garantiu que estão cumprindo a determinação da Justiça de colocar 70% da frota nas ruas no horário de pico.

"A gente está cumprindo a liminar, está rodando 70%. O sindicato tem hoje diretores nas portas das empresas fazendo essa orientação para que a liminar cumpra. Todas as garagens tem um diretor do sindicato para cumprir", disse o presidente.

Apesar disso, o sindicato afirma que vai recorrer da decisão. "Nós pretendemos fazer um pedido para que essa decisão seja revista. Um percentual dessa grandeza inviabiliza o direito de greve do trabalhador", disse o advogado.

Fonte: G1

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