Claro vê Assembleia mais 'aberta' e escolha difícil em eleição municipal

Chefe do Legislativo em MS faz balanço do ano e fala sobre as articulações para 2024

Por Redação em 22/12/2023 às 22:12:36
Presidente da Alems, Gerson Claro (PP), durante entrevista ao Campo Grande News (Foto: Juliano Almeida) - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

Presidente da Alems, Gerson Claro (PP), durante entrevista ao Campo Grande News (Foto: Juliano Almeida) - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

Eleito deputado estadual pelo PP (Partido Progressista) em 2018, reeleito em 2022 e há um ano comandando a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Gerson Claro sentou na cadeira de presidente com o objetivo de "abrir mais a casa" e acredita que tenha avançado. O parlamentar conversou com o Campo Grande News sobre esse e outros assuntos no gabinete dele, logo após a última sessão de 2023.

Até chegar à presidência da Casa de Leis, o deputado nascido em Itaporã, interior de Mato Grosso do Sul, fez faculdade de História e deu aulas em escolas de Sidrolândia e Campo Grande. Em 2002, formou-se advogado, com pós-graduação em Gestão Pública e Direito Administrativo. Também foi diretor da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) e em 2015 assumiu a presidência do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito).

Ao assumir o comando do Legislativo no começo deste ano, o progressista planejou propor mais discussões: "Nós iniciamos o ano propondo um trabalho de abrir bastante Assembleia e prova disso é que nós tivemos mais de 30 audiências públicas, centenas de reuniões, concursos de redação, festa junina, festa dos servidores, abrimos para participação popular e todas as comissões tiveram atendimento específico", afirma.

O presidente destaca propostas consideradas importantes na Alems em 2023, que teve 364 projetos de lei apresentados com a aprovação de 141 deles. Destaque para a primeira Lei do Pantanal em Mato Grosso do Sul, das taxas cartorárias, aumento do Mais Social para R$ 450 e o Programa Cuidar de Quem Cuida, destinado ao pagamentos de cuidadores de idosos no valor de R$ 900.

"Nós aprovamos projetos da área social importantes, que é exemplo, a mudança de R$ 300 para R$ 450 do Mais Social, aprovamos uma mudança no programa de energia popular que o governo paga, aprovamos o Qualifica que dá CNH para motoristas, carteira D, então todos os projetos que foram, seja de infraestrutura, seja de melhoria, organização de serviço, passou pela Assembleia e a Casa fez o debate. Apresentaram-se as emendas e a gente aprovou um orçamento de mais de R$ 25 bilhões, então nós concluímos um ano, eu entendo, de muito trabalho", acredita.

Gerson Claro destaca também a alteração do Fundersul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul), aprovada pela Casa e que manteve o estado com o menor índice de ICMS do Brasil, congelando em 17% o valor da arrecadação.

"Nós fizemos uma alteração na lei do Fundersul, onde parte desse fundo vai passar a vir direto para o ICMS, muda o valor nominal da arrecadação do ICMS, e isso possibilitou com que o governo mantivesse o índice de 17% que é o mais barato do Brasil, isso atrai novos investimentos, novas empresas, gera mais empregos", destacou Claro.

Professor de formação e questionado sobre projetos de avanço na educação, o deputado afirma que o mais importante é proporcionar a qualidade do ensino. O grande problema antes enfrentado, de acordo com Claro, era no acesso à educação, hoje ele acredita ter sido resolvido com o transporte escolar, escolas em fazendas e assentamentos.

Principalmente do ensino básico para chegar à universidade, sem dúvida precisamos melhorar a qualidade da educação e essa qualidade começa no básico. Nós aprovamos uma emenda constitucional que trata do ICMS educacional. Basicamente e de acordo com o resultado do município, ele vai ter mais ou menos receita, ou seja, 10% do ICMS vai ser distribuído de acordo com a qualidade da educação", aponta Gerson Claro.

Articulações políticas - O deputado é do mesmo partido que a senadora Tereza Cristina, que apoia abertamente a tentativa de reeleição da prefeita Adriane Lopes. Entre os pré-candidatos já anunciados está o deputado federal Beto Pereira, do PSDB, partido do governador Eduardo Riedel. Perguntado sobre como pode ficar a relação com o chefe do Executivo, Claro foi bem direto.

"Adriane veio para o PP, eu confesso para você que não tenho nada contra a pessoa dela, mas, por exemplo, eu não tenho relação política, eu tenho com a Teresa e eu sou amigo particular do deputado Beto Pereira, amigo de longa data, fizemos faculdade juntos, tive a oportunidade de advogar na época que o nosso escritório advogava para ele, então eu tenho uma amizade por ele. Agora, eu tenho maturidade para saber o que é compromisso político e o que é amizade."

Em relação às alianças para a disputa da prefeitura em outras cidades do Estado, Gerson Claro explica que essa é a "grandeza" da política e que após o período eleitoral, tudo volta ao normal. Destaca que o governador governa para todos e é preciso deixar para viver esse processo no período em que de fato precisa ser vivido.

Nós vamos empurrar o máximo isso para fazer lá nos 60 dias, o nosso compromisso administrativo, ele é sério e perene. Nossa divergência em eventual, é óbvio que aí entra uma articulação, uma capacidade, vai ter um lugar lá que eu vou chegar, chorar para o governador, ajuda um pouquinho, no outro, isso é natural, vai ter lugar que eles vão na Tereza. Não é nem do PSDB, nem do PP, nós vamos estar conversando com o André Puccinelli, conversando com o PT. Essa é a grandeza da política, essa capacidade de dialogar com os diferentes, sentar à mesa em busca daquilo que é melhor para a população", declara o presidente da Alems.

Gerson avalia que fechou o ano com chave de ouro na Assembleia com a inauguração dos sinais abertos de rádio e televisão e que para 2024 na Casa de Leis, acredita que deve entrar na tramitação da Casa a questão do desconto da previdência e a volta da discussão do nome de Mato Grosso do Sul para estado do Pantanal.

A partir de 26 de dezembro, o presidente da Alems assumirá pela primeira vez, interinamente, o cargo de governador do Estado. Ele fica à frente do Executivo até 2 de janeiro. "O governador já confirmou que ele passa às 8 horas da manhã do dia 26 o cargo para o presidente da Assembleia, não é o Gerson, é a presidência que recebe a função. E espero poder fazer um monte de obra e já entregar durante esses seis dias", brincou Claro. - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWSClaro não se esquivou quando questionado sobre eleições municipais de 2024 (Foto: Juliano Almeida)

Articulações políticas - O deputado é do mesmo partido que a senadora Tereza Cristina, que apoia abertamente a tentativa de reeleição da prefeita Adriane Lopes. Entre os pré-candidatos já anunciados está o deputado federal Beto Pereira, do PSDB, partido do governador Eduardo Riedel. Perguntado sobre como pode ficar a relação com o chefe do Executivo, Claro foi bem direto.

"Adriane veio para o PP, eu confesso para você que não tenho nada contra a pessoa dela, mas, por exemplo, eu não tenho relação política, eu tenho com a Teresa e eu sou amigo particular do deputado Beto Pereira, amigo de longa data, fizemos faculdade juntos, tive a oportunidade de advogar na época que o nosso escritório advogava para ele, então eu tenho uma amizade por ele. Agora, eu tenho maturidade para saber o que é compromisso político e o que é amizade."

Em relação às alianças para a disputa da prefeitura em outras cidades do Estado, Gerson Claro explica que essa é a "grandeza" da política e que após o período eleitoral, tudo volta ao normal. Destaca que o governador governa para todos e é preciso deixar para viver esse processo no período em que de fato precisa ser vivido.

Nós vamos empurrar o máximo isso para fazer lá nos 60 dias, o nosso compromisso administrativo, ele é sério e perene. Nossa divergência em eventual, é óbvio que aí entra uma articulação, uma capacidade, vai ter um lugar lá que eu vou chegar, chorar para o governador, ajuda um pouquinho, no outro, isso é natural, vai ter lugar que eles vão na Tereza. Não é nem do PSDB, nem do PP, nós vamos estar conversando com o André Puccinelli, conversando com o PT. Essa é a grandeza da política, essa capacidade de dialogar com os diferentes, sentar à mesa em busca daquilo que é melhor para a população", declara o presidente da Alems.

Gerson avalia que fechou o ano com chave de ouro na Assembleia com a inauguração dos sinais abertos de rádio e televisão e que para 2024 na Casa de Leis, acredita que deve entrar na tramitação da Casa a questão do desconto da previdência e a volta da discussão do nome de Mato Grosso do Sul para estado do Pantanal.

A partir de 26 de dezembro, o presidente da Alems assumirá pela primeira vez, interinamente, o cargo de governador do Estado. Ele fica à frente do Executivo até 2 de janeiro. "O governador já confirmou que ele passa às 8 horas da manhã do dia 26 o cargo para o presidente da Assembleia, não é o Gerson, é a presidência que recebe a função. E espero poder fazer um monte de obra e já entregar durante esses seis dias", brincou Claro.

Fonte: Campo Grande News

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