'Tinha esperança', diz mãe de criança que morreu após ser espancada e queimada

Durante o tempo de internação, a menina passou sedada, chegou a apresentar melhoras, mas depois foi piorando

Por Redação em 12/02/2024 às 11:54:04
Cemitério Municipal de Aquidauana, onde a criança foi sepultada nesta manhã (Foto: reprodução / Google)

Cemitério Municipal de Aquidauana, onde a criança foi sepultada nesta manhã (Foto: reprodução / Google)

A mãe da menina de 11 anos, que morreu na Santa Casa de Campo Grande na manhã de ontem (10), vĂ­tima de espancamento e incĂȘndio criminoso no dia 8 de dezembro do ano passado, sabia da gravidade do quadro de saĂșde da filha, mas acreditava na recuperação dela. "A gente tinha esperança", disse a mulher por telefone à reportagem.

Apontado como autor do crime, ex-namorado da mãe, Lucas CĂĄceres Kempener, de 24 anos, morreu em troca de tiros com a polĂ­cia, em 24 de janeiro, após reagir a uma abordagem.

Segundo a mãe, durante o tempo de internação, a menina passou sedada, chegou a apresentar melhoras, mas depois foi piorando e ainda contraiu infecção hospitalar, o que piorou o quadro de saĂșde da paciente. A criança ainda teve um dos braços, parte da perna direita e dedos da mão esquerda amputados. "O hospital jĂĄ vinha comunicando a gente que o caso dela era grave", contou. O velório e sepultamento foi em Aquidauana, onde os familiares moram.

Também vĂ­tima do homem, a irmã mais nova, de 5 anos, ficou vĂĄrios dias internada, mas recebeu alta e se recupera em casa. "Ela ainda faz acompanhamento com a equipe médica, mas estĂĄ bem", afirmou a mãe.

Mãe toma sorvete com filhas em tarde feliz (Foto: Arquivo de famĂ­lia)

Personalidade doentia - O incĂȘndio aconteceu na madrugada de uma sexta-feira, 8 de dezembro, na Rua General Pinho, no Bairro São Bento, em Sidrolândia. Segundo a mãe das meninas, ela saiu para o trabalho na quinta-feira (7), por volta das 23h, horĂĄrio que começava o expediente em unidade de indĂșstria de alimentos, e deixou as crianças em casa, assistindo televisão, foi quando aconteceu a tragédia. O agressor pulou o muro, agrediu as meninas e ateou fogo na casa.

A delegada BĂĄrbara Fachetti Ribeiro, da delegacia de PolĂ­cia Civil de Sidrolândia, responsĂĄvel por investigar o incĂȘndio criminoso, disse que Lucas CĂĄceres tinha personalidade extremamente doentia, ciumenta e controladora. O laudo comprovou que os dois focos de incĂȘndio estavam justamente onde se encontravam as vĂ­timas, na sala e no quarto.

(*) Os nomes das vĂ­timas foram omitidos para garantir a preservação da identidade da sobrevivente, conforme prevĂȘ o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).



Fonte: Campo Grande News

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