Bolsonaro recebe advogado do filho Flávio fora da agenda oficial

Por Redação em 28/09/2019 às 20:57:08

Encontro no Palácio da Alvorada não constava da agenda oficial. Frederick Wassef atua em investigação que apura movimentações financeiras atípicas em contas do filho do presidente. Bolsonaro recebe advogado do filho Flávio fora da agenda oficial

O presidente Jair Bolsonaro recebeu na tarde deste sábado (28) o advogado Frederick Wassef, que representa o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) em investigação que apura movimentações suspeitas nas contas do filho do presidente e de assessores de seu gabinete.

O encontro, que durou cerca de 30 minutos, ocorreu no Palácio da Alvorada e não constou da agenda oficial de Bolsonaro.

O G1 procurou a assessoria do Palácio do Planalto e Wassef para saber o que foi discutido no encontro, mas não havia obtido resposta até a última atualização desta reportagem.

Essa foi a segunda visita do advogado ao Palácio da Alvorada nos últimos dias. No último sábado (21), Freferick Wassef também foi à residência oficial da Presidência.

O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), durante reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE)

Pedro França/Agência Senado

Caso Queiroz

Flávio Bolsonaro e seu ex-motorista Fabrício Queiroz são alvo de procedimento investigatório do Ministério Público do Rio de Janeiro iniciado a partir de relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

O conselho identificou uma movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão na conta de Fabrício Queiroz e também na conta de Flávio Bolsonaro – em um mês, foram 48 depósitos em dinheiro, no total de R$ 96 mil, de acordo com o Coaf. Os depósitos, concentrados no autoatendimento da agência bancária que fica dentro da Assembleia Legislativa do Rio, foram feitos sempre no mesmo valor: R$ 2 mil.

De acordo com o Coaf, nove funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj transferiam dinheiro para a conta de Fabrício Queiroz em datas que coincidem com as datas de pagamento de salário.

O Ministério Público do Rio afirma que encontrou indícios de organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato no gabinete do filho de Bolsonaro na época em que ele era deputado estadual. O senador foi deputado estadual no Rio por quatro mandatos consecutivos.

As investigações, porém, foram suspensas temporariamente pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, a pedido da defesa do senador.

No caso de Flávio, segundo o advogado Frederick Wassef, o Coaf enviou dados sem aval da Justiça que foram usados para investigá-lo, o que seria ilegal.

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Fonte: G1

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