Um adolescente que não teve a idade revelada foi flagrado na manhã desta terça-feira (8) chorando sobre o corpo do pai executado a tiros de fuzil, em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, na fronteira seca com o Brasil, por Ponta Porã.
De acordo com a Polícia Nacional do Paraguai, a vítima, o paraguaio Virgilio Veras, de 41 anos, estava sentado na frente de casa quando dois homens chegaram em uma caminhoneta e fizeram os disparos usando um fuzil calibre 7.62 e uma pistola calibre 9 mm. Os tiros atingiram a cabeça da vítima.
O filho da Virigilio que segundo uma testemunha que preferiu não se identificar, estava na escola no momento da execução e ao saber que o pai tinha sido morto, correu para o local. Desesperado, o jovem se jogou sobre o corpo do pai. Chorando muito, ele foi amparado por policiais e por familiares.
Conforme o registro policial, antes de ser executado, o homem teria chegado em casa em uma motocicleta e estava na frente da residĂȘncia com alguns amigos tomando tereré, uma bebida típica da região. Ele morreu antes do socorro chegar.
O corpo da vítima foi levado para o Instituto Médico de Pedro Juan Caballero. A Polícia Nacional do Paraguai investiga o caso e até a publicação desta reportagem nenhum suspeito foi identificado.
As forças policiais dos dois países apontam que a maior parte das mortes estão relacionadas a disputas de organizações criminosas pelo controle do trĂĄfico de drogas na região.
Somente em julho, houve 3,1 mil assassinatos, contra 4,1 mil no mesmo mĂȘs do ano passado. JĂĄ no período que engloba os sete meses, foram 24,4 mil mortes violentas — 7,1 mil a menos que o registrado de janeiro a julho de 2018.
A tendĂȘncia de queda nos homicídios do país tem sido mostrada pelo G1 desde o balanço de 2018 – a maior queda dos últimos 11 anos da série histórica do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, com 13%. JĂĄ no 1Âș semestre deste ano, a queda foi de 22%.
O número de assassinatos, porém, continua alto: 1 a cada 12 minutos, em média, neste ano.
METODOLOGIA: Monitor da ViolĂȘncia
O levantamento faz parte do Monitor da ViolĂȘncia, uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da ViolĂȘncia da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Os dados apontam que:
Fonte: G1/MS