Dólar recua após alta hospitalar de Trump e reconciliação entre Guedes e Maia

Por Redação em 06/10/2020 às 12:53:01

A reaproximação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com o ministro da Economia, Paulo Guedes, trouxe otimismo ao mercado financeiro e faz o dólar operar em queda nesta terça-feira, 6. Próximo das 12h, a moeda norte-americana caia 1,19%, cotado a R$ 5,498. Lá fora, o apetite dos investidores por risco foi reforçado após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, receber alta hospitalar nesta segunda, 5, após três dias internado para tratar a infecção da Covid-19. O clima positivo também impulsiona o Ibovespa — o principal índice da bolsa brasileira — com alta de 1%, acima dos 97 mil pontos. Ontem, o dólar fechou com recuo de 1,76%, valendo R$ 5,565, o menor valor desde 25 de setembro, quando fechou a R$ 5,554. Na semana passada, a moeda encerrou a R$ 5,665, com alta 2,1%, após levar a melhor sobre o real em quatro dos cinco pregões.

O clima positivo é reflexo do encontro entre Guedes e Maia nesta segunda para dar fim a escalada de tensões iniciada na semana passada. Ao fim do jantar, os dois trocaram pedidos de desculpa e se comprometeram a destravar os trâmites de pontos fundamentais da agenda econômica, como o Renda Cidadã e a reforma tributária. Também nesta segunda, o relator da PEC do Pacto Federativo — que inclui a criação do programa social que substituirá o Bolsa Família —, senador Márcio Bittar (MDB-AC), afirmou que a proposta final deve ser apresentada nesta quarta-feira, 7. Ao lado de Guedes, ele não revelou quais as fontes de financiamento do projeto, mas disse que o valor ficará limitado ao teto de gastos da União. Em paralelo, os sinais de recuperação de Trump a quatro semanas das eleições presidenciais também reforçou o otimismo dos investidores. Ontem, após receber alta hospitalar, Trump afirmou no Twitter que se sente "muito bem".

Leia também

Dólar a R$ 6 em dezembro? Falta de confiança de investidores e eleições nos EUA pressionam moeda

Como uma vitória de Biden pode mudar a relação entre EUA e Brasil?

FMI pede ações imediatas para prevenir crises de dívida em países mais pobres

 

 

 

 

Fonte: JP

Comunicar erro

Comentários