Medo de perder o emprego recua para o mesmo nível do fim de 2019

Por Redação em 14/10/2020 às 11:31:14

O receio do brasileiro de perder o emprego recuou ao mesmo nível registrado no fim de 2019. Segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta quarta-feira, 14, o indicador que mede o medo do desemprego chegou a 55 pontos em setembro, 1,1 ponto a menos na comparação com dezembro do ano passado, e recuo de 3,1 pontos nos últimos 12 meses. A pesquisa trimestral não foi realizada em abril e junho deste ano por conta das medidas de isolamento social impostas pelo novo coronavírus. "Apesar dos graves impactos da pandemia de Covid-19 sobre a economia brasileira, a partir do final do primeiro trimestre de 2020, as medidas de proteção do emprego adotadas no período contribuíram para conter o desemprego e aumentar a segurança no emprego", cita o estudo. No fim do mês passado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou a prorrogação para dezembro do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), que permite que empregadores renegociem a jornada e salário dos funcionários.

Ataxa de desempregono Brasil subiu para 13,8% no trimestre encerrado em julho, a mais alta da série histórica iniciada em 2012, e atinge 13,1 milhões de pessoas, apontou dados daPesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados em setembro. A despeito da redução como um todo, o receio de ficar sem trabalho aumentou nas pessoas com faixa etária entre 25 e 54 anos, com ensino superior, e os que possuem renda familiar acima de cinco salários mínimos. O medo do desemprego segue maior entre a população feminina, os que residem no nordeste e os que recebem até um salário mínimo. "Ainda que para ambos o indicador tenha caído, o medo do desemprego entre os homens reduziu-se mais comparativamente às mulheres, o que explica o aumento do hiato entre os indicadores", informa o levantamento.

A mesma pesquisa revelou que a satisfação com a vida teve um leve crescimento em setembro, de 68,5, ante 68,3 em dezembro de 2019. O índice, porém, é menor do que os 69 pontos registrados há 12 meses. O índice teve recuo maior entre as mulheres, na faixa dos 24 aos 35 anos, com instrução até a 4ª série do ensino fundamental e que recebem de um a dois salários mínimos. O levantamento da CNI foi feito entre os dias 17 a 20 de setembro, e realizou duas mil entrevistas em 127 municípios.

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Fonte: JP

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