Coordenadora do estudo da Coronavac diz que Covid-19 só será freada com expressiva vacinação

Por Redação em 19/01/2021 às 16:04:14

 

Israel, até o momento, é o país que tem a maior parcela da população vacinada: cerca de 25%. Sônia citou a nação para lembrar a importância da análise sobre a circulação do vírus entre as pessoas que já estão imunizadas. “Ninguém conseguiu fazer isso ainda [vacinar a população em massa]. Portanto, eu acho que só daqui um tempo, ao verificar a vacinação em massa de outros países, teremos uma segurança maior para afirmar qual é a porcentagem necessária de pessoas vacinadas que impedirá o vírus de circular na comunidade”, analisou.

CoronaVac

A CoronaVac, segundo Sônia, apresenta algumas diferenças em relação as demais vacinas produzidas contra a Covid-19. Entre elas, está o custo de produção e a acessibilidade de compra. “Ela não é a vacina mais barata em termos de produção, porque depende de um isolamento viral. Ou seja, depende de uma grande quantidade de vírus de um determinado tipo. Porém, diferente de outras vacinas, ela tolera uma temperatura maior; de geladeira. Algo que temos disponível nas nossas salas de vacinação”, iniciou.

De acordo com a médica, a infraestrutura disponível no país facilita a distribuição da CoronaVac entre os brasileiros. Isso também se aplica à vacina que será desenvolvida pela Fiocruz, com tecnologia da farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford.

“É diferente de outras vacinas que usam RNA mensageiro e são desenvolvidas nos EUA e nos países europeus. Estas vacinas precisam de temperaturas entre – 60ºC e – 70°C, fazendo com o que investimento brasileiro em infraestrutura fosse muito grande. Isto também dificultaria o acesso de populações mais isoladas aos imunizantes. Então, tem estes prós e contras. Temos duas vacinas de duas plataformas diferentes que estão dentro da nossa realidade de distribuição nos centros de imunização”, completou.

Vacinação no Brasil

Sônia ainda relembrou o serviço de excelência que o Brasil oferece nos seus programas de vacinação em massa. Para ela, o país já está fazendo esta vacinação até em tempo recorde, mas o único detalhe que impede da imunização acontecer de forma mais rápida é justamente a quantidade de vacinas disponíveis no país atualmente.

“Precisamos estimular a produção porque a gente sabe a dificuldade que teremos em comprar vacinas de fora. A gente já está verificando esta dificuldade de aquisição. Portanto, é extremamente importante que o país consiga produzir utilizando uma plataforma que ele já possua experiência, e o Brasil já tem isto. Mas estamos preparados para fazer esta vacinação”, concluiu a médica à Banda B.

Fonte: Banda B

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