YouTube remove pelo menos 11 vídeos de Bolsonaro sobre cloroquina

Por Redação em 27/05/2021 às 09:36:31
Decisão faz parte de uma atualização da política da empresa em abril que prevê exclusão de vídeos que recomendem cloroquina ou ivermectina para tratar Covid-19. Vídeo do canal do presidente Jair Bolsonaro sobre cloroquina foi retirado do YouTube em 26 de maio de 2021.

Reprodução

O YouTube removeu ao menos 11 vídeos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com menção à cloroquina na quinta-feira (26). O levantamento é da empresa de análise de dados Novelo Data e foi checado pelo G1.

A decisão faz parte de uma atualização da política da empresa feita em abril que prevê a remoção de vídeos que recomendem cloroquina ou ivermectina para tratar Covid-19, medicamentos que não possuem eficácia comprovada contra a doença.

Outros três vídeos foram removidos: um do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL), outro do Daniel Silveira (PSL) e outro do ex-Senador do Espírito Santo Magno Malta.

Dentre os vídeos removidos do Bolsonaro, estão duas lives feitas em março e abril do ano passado e vídeos como "A Hidroxicloroquina cada vez mais demonstra sua eficácia em portadores do COVID-19" e "Fox News mostra estudos sobre a eficácia da Hidroxicloroquina no combate ao Coronavírus"

Ao acessar esses links, é exibida a mensagem: "Este vídeo foi removido por violar as diretrizes da comunidade do YouTube".

Em abril, 5 publicações de Jair Bolsonaro que continham o tema foram derrubadas. Todas elas eram oriundas das lives que ele faz às quintas-feiras.

O que diz a política do YouTube

A plataforma informou em abril que serão retirados vídeos que tenham:

conteúdo que recomenda o uso de ivermectina ou hidroxicloroquina para o tratamento da Covid-19;

conteúdo que recomenda o uso de ivermectina ou hidroxicloroquina para prevenção da Covid-19;

afirmações de que ivermectina ou hidroxicloroquina são tratamentos eficazes contra a Covid-19;

alegações de que há um método de prevenção garantido contra a Covid-19;

afirmações de que determinados remédio ou vacinas são uma cura garantida para a Covid-19.

Além disso, em suas diretrizes, o YouTube diz que "também não é permitido o envio de conteúdo que dissemine informações médicas incorretas que contrariem as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS)".

De acordo com a empresa, a conduta mencionada vale para:

tratamento;

prevenção;

diagnóstico;

transmissão;

diretrizes sobre distanciamento social e autoisolamento;

e a existência da Covid-19.

Posição da OMS

No início de março, a OMS publicou uma diretriz na qual pede fortemente que a hidroxicloroquina não seja usada como tratamento preventivo da Covid-19.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o fabricante da ivermectina já alertaram que o medicamento não é eficaz contra o coronavírus.

Recentemente, entidades médicas disseram que o uso de medicamentos sem comprovação científica deve ser banido.

SAIBA MAIS: Após descobrir problema no fígado por causa do uso excessivo da ivermectina, baiana lamenta: 'Bobagens que a gente faz'

Recentemente, o Facebook e o Instagram anunciaram que iriam exibir um selo em conteúdos que abordassem tratamentos sem comprovação científica.

Fonte: G1

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