Exames com resultado positivo para Covid em crianças tiveram alta em novembro

Por Redação em 10/12/2022 às 10:58:00

De acordo com o levantamento, dois dias no último mês tiveram o maior pico: os dias 19 de novembro, com 27,4%, e o dia 9, quando atingiu 30,56% (ou quase um terço dos exames com resultado positivo). Os dados são semelhantes aos observados na última onda da ômicron, em junho, e inferiores ao registrado em janeiro, na primeira onda da ômicron, com taxa de teste positivos de 45% nos menores.

Para o infectologista e diretor-médico do Fleury, Celso Granato, o cenário constatado entre crianças resulta da baixa cobertura vacinal nesse grupo. “Como a cobertura vacinal está baixa e a gente já voltou praticamente ao normal, o crescimento de casos nas crianças começa a aparecer”, explicou.

O aumento de resultados positivos dos testes em crianças reflete a onda de casos registrada no último mês também em adultos. “São fenômenos paralelos, vimos um aumento nos adultos, que foi até maior, e um crescimento nas crianças, que começa agora a dar um sinal de queda, mas ainda preocupa”, disse.

A alta de casos já havia sido apontada pela Folha no início do mês. Especialistas acreditam que com as aglomerações causadas pela Copa do Mundo e pelas festas de final de ano os novos casos podem crescer ainda mais nas próximas semanas.

Segundo ele, apesar de fazer pouca “tipagem” das amostras para saber qual o vírus presente nelas, ainda há uma dominância da ômicron e da subvariante BQ.1. “Somadas acabam ficando 40%”, disse.

De acordo com Granato, é mais comum que os casos detectados em crianças sejam mais graves, com necessidade de avaliação hospitalar, o que preocupa. “Com o período de maior circulação e de encontro entre familiares e amigos, as crianças devem ter cuidado especial para evitar a infecção.”

Apesar de já existir a vacina para bebês de 6 meses a 4 anos da Pfizer, o governo até o momento restringiu a vacinação para os mais novos com comorbidades. Mesmo nas faixas etárias mais velhas, como aquela com mais de cinco anos, o ritmo da vacinação está lento.

“Seria bom que o governo finalizasse o ano trazendo a vacina bivalente da Pfizer para os adultos e aqueles com mais de cinco anos e para as crianças novinhas ofertasse também a vacina pediátrica. A baixa cobertura vacinal preocupa muito até mesmo para o retorno de doenças antes controladas no passado, como sarampo”, afirma ele.

Fonte: Banda B

Tags:   Saúde
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